Após a recusa do Paraná, R9 foi para o Cruzeiro, vendido por um pouco mais, R$ 250 mil. Um ano depois, o Fenômeno foi para o PSV, da Holanda, por seis milhões de dólares (R$ 18,6 milhões na cotação atual), algo que teria enchido os cofres do clube paranense.
“A gente deixaria de prestigiar o que era nosso para trazer uma pessoa de fora que a gente nem conhecia. Se fôssemos fechar negócio, terÃamos o visto jogar, antes. Mas como analisamos que ele seria mais um, não seria titular, não ia jogar, optamos por não fechar acordoâ€, confirmou o mandatário.
“Foi uma decisão, do meu ponto de vista, séria e responsável. Senão farÃamos o que é feito hoje, quando a maioria dos times tem jogadores que não é deles e assim nunca se monta um bom time. Porque o dono da outra parte do jogador faz a cabeça deleâ€, conta ele.
“Eu talvez seja quem menos teve culpa, porque levei o assunto ao colegiado. Sempre fui democrata, não tomava as decisões sozinhoâ€, continuou ele.
(Foto: Getty Images)“A história ficava voltando na nossa cabeça. Mas temos de ter consciência de uma coisa: se o Ronaldo tivesse vindo para o Paraná, provavelmente não teria ido para a Holanda pelo valor que foi. Só foi porque estava no Cruzeiro. No Paraná, talvez teria sido vendido para outro clube brasileiro antes ou para o exterior por um valor mais baratoâ€, admite ele.
“Depois que vimos o Ronaldo jogar, sabÃamos que teria espaço. Mas, na hora, pensamos: vai jogar aonde nesse time?. Na época, tÃnhamos quase 130 jogadores nossos emprestados para clubes de todo o paÃs. E comprar mais um [Ronaldo] para colocar no time e emprestar alguém que era 100% nosso, na verdade, não era uma boaâ€, concluoiu ele.