"Não adianta só fazer gols e não ter disciplina tática. Ser ofensivo e defensivo é muito importante hoje. Tem que ver o que o atacante faz em campo além dos gols. O futebol exige mais do que isso, construção do jogo, marcação. Se não fizer isso, acaba ficando para trás".

Chamado apenas após o corte do lesionado Roberto Firmino, do Liverpool, Jonas garantiu não ter ficado decepcionado com o fato de não ter sido lembrado de primeira. Feliz no Benfica, o atacante mostrou ‘pés no chão’ ao falar sobre a nova chance no Escrete Canarinho.

“Expectativa sempre existe quando você está fazendo um bom trabalho. Graças a Deus tem saído tudo bem para o Benfica. Líder em Portugal, nas quartas da Liga (Champions League)... Não me frustrou não ser lembrado na primeira lista. O Brasil tem muitos jogadores bons. Vim após as lesões, infelizmente, mas assim as coisas acontecem”.

"Minha projeção na Seleção é vencer esses dois jogos (Uruguai e Paraguai). É importante para o Brasil, iríamos a 13 pontos nas Eliminatórias. Depois, só volta no fim do ano (...) No Benfica estou muito feliz, é um clube maravilhoso. Não imaginava a estrutura que tem. Se estou aqui, é graças o que fiz lá. Tem grandes profissionais. Coisas que não encontrei nos outros clubes, encontrei no Benfica”.

Apesar da humildade, Jonas disputa a Chuteira de Ouro na Europa e confessou: o desempenho acima da média foi uma surpresa até para ele: “Confesso que no início da temporada não imaginei estar brigando pela Chuteira de Ouro. Nos últimos anos ficou entre Messi e Cristiano. Sei o quanto é difícil, mas faltam poucos jogos para acabar as competições europeias. Levo desvantagem porque em Portugal são apenas 34 jogos no campeonato. Seria um feito legal para os brasileiros. Sabemos que meus adversários são de outro mundo”.

E às vésperas de enfrentar o Bayern, nas quartas de final, o atacante ainda não apostou nada com Douglas Costa, companheiro de Seleção e adversário na próxima fase da Champions League: “Benfica e Bayern serão jogos bonitos, mas muito difíceis. É um candidato ao título. Nosso time está crescendo. A expectativa é grande. Se passarmos, seria histórico. Nos agarramos a isso. Temos que fazer dois jogos brilhantes para avançar”.

Diego Alves mostra confiança para vencer o Uruguai e se diz pronto para 'briga' no gol

Diego Alves, que voltou a ser convocado, falou sobre o desafio de parar Neymar, Messi e Suárez no Campeonato Espanhol. O jogador do Valencia também não poupou elogios a Jonas, com quem atuou no clube do Mestalla.

“Messi, Suárez e Neymar são os três mais temidos na Europa. Já sofri muito com o Jonas nos treinamentos. Agora ele está em Portugal e fazendo os goleiros sofrerem por lá (...) Jonas tá chutando, a bola passa por todo mundo e entra. É um dom que ele tem. Tomara que conquiste essa Chuteira de Ouro. Será importante para o Brasil”.

Perguntado sobre como parar Luis Suárez, já que enfrentou o uruguaio outras vezes no Campeonato Espanhol, o jogador do Valencia lembrou que outros defensores do Brasil também conhecem bem o camisa 9 da Celeste.

“A gente conhece, mas os outros jogadores também sabem da qualidade do Suárez, a movimentação. Está vivendo um momento espetacular. Mas também tem o Cavani... Se eu puder ajudar com informações, vou ajudar”.

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O goleiro também falou sobre as críticas que são feitas à Seleção e garantiu que o Uruguai, adversário do Brasil nesta sexta-feira (25), também tem suas falhas: “Da mesma maneira que eles encontram os pontos negativos do Brasil, olhamos para os pontos negativos do Uruguai. Temos que acreditar na gente, a Seleção demonstra que seus jogadores jogam nos melhores clubes da Europa”.

“A qualidade da nossa Seleção é indiscutível. Sabemos que na Seleção temos pouco tempo para trabalhar. Eles perguntam o mesmo na Argentina, no Uruguai... temos que trabalhar. A base é fundamental para conquistar a confiança da torcida. As coisas estão sendo bem-feitas”, avaliou Diego, que sabe a dificuldade de ser titular na Seleção, mas garante estar pronto caso seja necessário.

“O treinador que decide o rodízio, ele que escolhe o goleiro. Estou muito feliz de voltar após uma grave lesão. Me sinto bem aqui, confortável, tenho a confiança de todos. Para mim é importante. Quem joga tem que demonstrar o motivo de estar jogando. Quem não joga, ajuda. Todos querem vencer”.