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Como chegam os grandes do Rio de Janeiro para o estadual 2016

Apesar do clima tenso fora de campo, os clubes irão com o que possuem de melhor para a disputa do campeonato estadual 2016

30/01/2016 09:00

  BOTAFOGO   

O 2016 do Botafogo já começa com o sinal de alerta ligado. Afinal de contas, a exibição do time no amistoso contra a Desportiva Ferroviária, no Espirito Santo, foi abaixo da crítica. Ao final dos 90 minutos, derrota por 2 a 1, com direito a gritos de “olé!” da torcida adversária.

Muita coisa mudou do elenco atual para o que ajudou o clube na conquista da Série B em 2015. Entretanto, o consenso geral é de que este grupo é mais fraco em relação ao da temporada passada. Destaques do time, Willian Arão e Navarro, que se transferiram para Flamengo e futebol mexicano respectivamente, foram as saídas mais sentidas do ponto de vista técnico. Dentre os principais nomes de 2015, ficaram apenas o zagueiro Renan Fonseca; o lateral Luis Ricardo; o meia-atacante Neílton e, claro, o goleiro, capitão e ídolo, Jefferson.

Já os novos jogadores, a incógnita também dita a avaliação. Por causa da crítica situação financeira, a equipe de General Severiano busca mesclar jovens da base com outros jogadores que precisam se afirmar no futebol. Chegaram: Diogo Barbosa (lateral-esquerdo, que estava no Goiás), Bruno Silva (meio-campista, ex-Chapecoense), Emerson (zagueiro, ex-Avaí).

Núñez, Carli e Lizio: os 'gringos' do Botafogo em 2015 (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)

O noticiário alvinegro também foi cheio de nomes estrangeiros, mais especificamente do futebol sul-americano. Dentre os ‘gringos’, o Glorioso trouxe Damián Lizio (meia, ex-Bolívar); Gervasio Núñez (meia, ex-Sarmiento) e Joel Carli (zagueiro, ex-Quilmes). Além disso, o clube ainda busca um atacante estrangeiro para ser o ‘homem-gol’ da temporada.

Atacante, aliás, é o que o clube mais precisa. Com Sassá e Neílton lesionados, na primeira rodada, contra o Bangu, a linha de frente deverá ser composta por Luis Henrique e Ribamar. Juntos, eles somam 35 anos: 17 de Luis e 18 de Ribamar. Torcida, time e diretoria sabem que a equipe precisa de reforços com urgência.

DESTAQUES DO ELENCO

(Foto: Satiro Sodre/SSPress/Botafogo)

Os principais nomes do atual Botafogo já são conhecidos do torcedor. A começar por Jefferson, que já inicia a temporada como a grande esperança para evitar gols adversários. O goleiro também terá a missão de mostrar a Dunga que tem todas as condições para reconquistar o posto de titular da Seleção Brasileira .

Dentre os jogadores de linha, Renan Fonseca e Neílton terão o desafio de mostrarem que o brilho na Série B não se deu apenas pelo baixo nível técnico dos adversários. Na zaga, Renan foi o cherifão alvinegro e mostrou regularidade ao longo de 2015; do outro lado do campo, Neílton voltou a viver bons momentos no futebol e ganhou o carinho da torcida com gols, dribles e boas arrancadas.

O QUE MUDA DE 2015 PARA 2016 

As diferenças são várias entre o time de 2015 e o de 2016. A começar, a expectativa depositada: se no ano passado o objetivo era subir, agora a missão inicial é não retornar à Série B. Mais uma vez, a solução do clube é apostar em contratações de jogadores que estão mais fora do radar, em busca de uma boa oportunidade.

O novo elenco é praticamente novo em relação ao que iniciou, sob o comando de René Simões, a temporada em 2015.

Dentre os principais destaques no fim do ano passado, saíram Willian Arão (Flamengo), Navarro (Puebla-MEX), Roger Carvalho (Palmeiras), Diego Jardel (Avaí), Tomas (Malucelli) e Daniel Carvalho (Goiás). Apesar de disputar um campeonato de menor nível técnico, o Botafogo de 2015 dava mostras de ser um time melhor e mais equilibrado: seja no jogo em si, quanto nas opções do treinador.  

PONTOS FORTES E FRACOS 

Ricardo Gomes terá dificuldades em 2016 (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)

Levando em consideração a derrota contra a Desportiva, o Botafogo precisa melhorar, com urgência, o desempenho dos defensores nas jogadas pelo alto. O zagueiro Joel Carli, de 1,91m, foi contratado muito por causa de sua altura e do desempenho pelo alto. Entretanto, não esteve em campo no amistoso. O ataque também é digno de preocupação: seja pela falta de finalizadores quanto de nomes para a criação. Jefferson, no gol, segue como o ponto positivo para o Glorioso .

A CAMPANHA DE 2015

Jogadores levantam a taça da Série B (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)

A diretoria do Botafogo correu e teve que montar, praticamente do zero, um elenco novo para 2015. O objetivo não poderia ser outro que não retornar à Série A. No Campeonato Carioca, os então comandados por René Simões surpreenderam: conquistaram a Taça Guanabara e perderam para o Vasco da Gama na decisão.

O ano, que prometia ser de fortes emoções, teve apenas um grande momento de baixa: a eliminação para o Figueirense na Copa do Brasil, que acabou selando a demissão de René para a chegada de Ricardo Gomes. No final das contas, a missão de voltar à elite veio com três rodadas de antecedência. O título foi garantido na penúltima, em vitória sobre o ABC, no Estádio Mané Garrincha. 


  FLUMINENSE    

O Fluminense viveu uma temporada de transição em 2015. Com o fim da parceria com a Unimed, a diretoria viu as receitas de patrocínio caírem consideravelmente, o que forçou o clube a adotar uma nova estratégia no mercado, com a contratação de jogadores mais jovens e também com a promoção das categorias de base. Porém, depois de um ano, o panorama já é diferente.

As vendas de Gerson para a Roma, Biro Biro para o futebol chinês e Kenedy para o Chelsea injetaram uma verba importante no orçamento tricolor. Assim, a equipe se transformou novamente em uma força no mercado e contratou jogadores badalados, como Diego Souza, vindo de uma boa temporada no Sport, e o zagueiro Henrique, ex-Napoli e Seleção Brasileira, que disputou a Copa do Mundo de 2014.

Além disso, a base foi mantida, com exceção de algumas mudanças, como a saída do volante Jean, depois de quatro anos nas Laranjeiras, para o Palmeiras. Enquanto isso, o capitão Fred continua sendo a grande referência do elenco e, no ano em que completa sete temporadas de casa, segue no caminho certo para se tornar o maior ídolo da história do Fluminense.

DESTAQUES DO ELENCO

O grande destaque do Fluminense, já há alguns anos, atende pelo nome de Fred. O capitão da equipe é um dos maiores artilheiros da história do clube e, mesmo com 32 anos, segue fazendo a diferença dentro de campo. Na última temporada, mesmo machucado, foi importante na campanha da Copa do Brasil, que parou nas semifinais, e também na luta contra o rebaixamento.

Outro jogador importante é o goleiro Diego Cavalieri, que vai para a sua sexta temporada na equipe como titular absoluto do gol. Desta vez, ele terá a “companhia” de caras novas, como Diego Souza e Henrique, que também têm a experiência necessária para assumir um papel de liderança e comandar a “garotada” de Xerém, que tem em Marlon e Gustavo Scarpa como seus principais líderes.

O QUE MUDA DE 2015 PARA 2016

A grande diferença está no setor defensivo e no comando do ataque. Depois de algumas temporadas com poucos reforços para a defesa, a diretoria contratou Henrique, ex-Napoli, e Renato Chaves, que fez um bom Campeonato Brasileiro pela Ponte Preta. Por enquanto, eles vão dividir o elenco com Gum e Marlon, que formaram a dupla de zaga no ano passado, e com Ygor Nogueira, promovido da base. Henrique e Antônio Carlos devem rescindir os seus contratos.

No ataque, Diego Souza chega para armar o time, posição carente desde a queda de produção de Vinícius durante a última temporada. Já no ataque, a equipe aposta em Richarlison, revelação do América-MG e que teve destaque durante a pré-temporada nos Estados Unidos. A esperança ainda é em contar com Wellington Nem, que está no Shakhtar Donetsk e pode ser o grande reforço para 2016.

PONTOS FORTES E FRACOS

Uma das grandes preocupações da torcida tricolor é o sistema defensivo. A vulnerabilidade do setor, principalmente jogando fora de casa, foi um fator importante na campanha ruim na última temporada. A chegada de Henrique é um adicional importante para garantir estabilidade, mas será necessário tempo para haver um entrosamento.

Enquanto isso, o ataque deve ser um ponto forte, já que Fred é um dos principais jogadores de sua posição no país. A chegada de Richarlison, junto com Gustavo Scarpa, garante uma qualidade importante nas laterais, que podem ficar completas caso Diego Souza consiga atuar em alto nível em sua segunda passagem pelas Laranjeiras. Porém, sem Jean, o técnico Eduardo Baptista precisará encontrar um novo desafogo na cabeça de área.

A CAMPANHA DE 2015

O Fluminense decepcionou no último Estadual. Na primeira fase, a equipe teve sérias dificuldades para se classificar e fez a sua primeira troca de treinador na reta final, colocando Ricardo Drubscky no lugar de Cristovão Borges. A substituição serviu para garantir a classificação para as semifinais, mas o time parou nessa fase, depois de dois resultados iguais contra o Botafogo.

O destaque foi a suspensão de Fred, que depois de criticar a FERJ em rede nacional, foi suspenso e ficou de fora do segundo jogo, justamente o que o Fluminense foi eliminado nos pênaltis. O último título da equipe veio em 2012, comandada por Fred e Deco, e o Flu se mantém na segunda colocação geral de títulos, com 31 conquistas, duas atrás do Flamengo, o maior vencedor.


  VASCO DA GAMA   

O Vasco inicia sua campanha no Campeonato Carioca neste domingo, contra o Madureira, em São Januário. E apesar do ano de dificuldades que vem pela frente, com a disputa da Série B, o time cruzmaltino está com um time motivado para o Estadual, especialmente pela manutenção do elenco que fez uma boa reta final no Brasileirão 2015.  

DESTAQUES DO ELENCO

Assim que a última temporada terminou, o técnico Jorginho enxugou o elencou, mas manteve a base da equipe, um diferencial que os jogadores acreditam que será vital para as pretensões do Vasco em 2016. As única novas aquisições Yago Pikachu e Marcelo Mattos, mas o principal reforço dos vascaínos foi realmente ter segurado nomes importantes como Martín Silva, Luan e Nenê. 

Os principais nomes do Vasco para o Cariocão já são conhecidos, até mesmo pela manutenção da base. Por isso, é o garoto Mateus Pet que está enchendo os torcedores de expectativa. Aos 17 anos, o meio-campista foi promovido das categorias de base e está compondo o time titular de Jorginho nos treinos da pré-temporada.  


 O QUE MUDA DE 2015 PARA 2016

Embora o Vasco esteja cheio de rostos conhecidos, essa equipe da reta final de 2015 não é a mesma que começou a temporada com Doriva. Apenas Martín Silva, Madson, Rodrigo e Luan seguem no time titular. Para frente, é outro Vasco completamente diferente daquele que foi campeão no ano passado.

A campanha em 2015 no Carioca foi tranquila para os vascaínos, ainda que na primeira fase o time tenha ficado em terceiro lugar. Na semifinal, superou o Flamengo, mesmo com a vantagem dos rivais, depois venceu os dois jogos contra o Botafogo na decisão, conquistando o título carioca.

PONTOS FORTES E FRACOS

Apesar do rebaixamento recente, o time não chega tão atrás dos maiores rivais, tanto por ter jogadores já acostumados a atuarem juntos como por ser o único grande que não será diretamente afetado pela ausência do Maracanã e do Engenhão no campeonato.  

O único problema que Jorginho pode ter - e parece que tem - é o ataque do time. A diretoria vascaína preferiu ser cautelosa na janela de transferências e o ataque ficou sem reforços. Riascos e Jorge Henrique estão atuando como titulares, mas sem um centroavante de origem, o sistema ofensivo ainda deve ser considerado o calcanhar de Aquiles do Vasco.   

O time montado por Jorginho está organizado, e embora guarde algumas desconfianças por causa do rebaixamento, entra na disputa em uma situação até melhor do que no último ano, quando foi campeão depois de 12 anos sem títulos estaduais. Não dá para riscar o Vasco da lista de favoritos ao título.


  FLAMENGO    

Mudança nos planos para o Rubro-Negro. Depois de muita briga com a Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) em 2015, e ameaçar não disputar o Carioca ou até mesmo mandar a equipe reserva para competir em 2016 ­ e assim disputar inteiramente a Primeira Liga ­, a diretoria precisou recuar com os planos após um 'ultimato' da Rede Globo, detentora dos direitos de transmissão. Sendo assim, o clube enviará a campo a equipe principal para disputa do estadual.

DESTAQUES DO ELENCO

Um novo técnico para começar a temporada. Muricy Ramalho chegou na Gávea, e com eles dez reforços até o momento. Alex Muralha, Juan, Rodinei, Chiquinho, William Arão, Antônio Carlos, Arthur Henrique, Mancuello e Gustavo Cuéllar. Apesar da diretoria não esconder que ainda busca por um zagueiro, este é o novo Flamengo.

Ainda assim, o atacante Paolo Guerrero segue sendo a maior esperança de gols do time, ao lado do seu velho conhecido, Emerson Sheik. Mesmo passando por altos e baixos, a dupla conta com a confiança da torcida, que aposta alto, principalmente no peruano. 

O QUE MUDA DE 2015 PARA 2016

E como todo início de trabalho, há muitos detalhes na equipe que ainda precisam ser ajustados. O novo treinador teve uma semana de trabalho em Mangaratiba para dar início a pré­temporada e ainda participou de dois amistosos. Sem muito sucesso.

Depois de perder a Taça Asa Branca nos pênaltis para o Ceará, o Flamengo foi derrotado pelo Santa Cruz, no Arruda, e ficou sem a Taça Chico Science. Os cariocas saíram na frente, mas foram derrotados por 3 a 1 pelos pernambucanos em confronto disputado às 11 horas da manhã, em Pernambuco (meio­dia no horário de Brasília).

No entanto, apesar dos resultados negativos, Muricy se mostrou esperançoso e animado com este início de trabalho. De fato, o Carioca servirá ainda como uma preparação desta nova equipe para o decorrer do ano.

Apesar do nível da competição ser tecnicamente fraco, os rubros­negros não podem se animar e nem mesmo perder a paciência com este elenco. Tem que dar o tempo certo para Muricy dar "a sua cara" na equipe e os novos jogadores se entrosarem.

PONTOS FORTES E FRACOS

O Flamengo inicia o ano com o sistema defensivo sendo muito criticado pelos torcedores e jornalistas. Em dois jogos amistosos, o Rubro­Negro levou seis gols. O técnico Muricy Ramalho já admitiu a carência, e a diretoria inclusive não esconde que está à procura de um "jogador de ponta" para a posição.

Pode parecer contraditório, mas a meta rubro­negra está muito bem defendida apesar da defesa ser um ponto fraco do elenco. O conhecido Paulo Victor, apesar de contar com o apoio da torcida, ganhou uma sombra nesta temporada com a chegada de Alex Muralha, ex­Figueirense, que foi destaque no Brasileirão de 2015.

A CAMPANHA DE 2015

O Carioca foi turbulento para o Flamengo dentro e fora de campo. Enquanto do lado de fora dos gramados, a diretoria declarava guerra a Ferj, dentro de campo a equipe comandada por Vanderlei Luxemburgo decepcionava.

E para se defender das críticas e cobranças, o treinador jogu a responsabilidade na quantidade de lesões que os jogadores sofreram. Porém, apesar dos problemas recorrentes das lesões, a equipe ainda teve um desempenho ruim nas últimas três partidas do Carioca: o empate sem gols com o Nova Iguaçu, que deixou a conquista da Taça Guanabara escapar, e o empate e a derrota para o Vasco na semifinal.

 

 

 

Fonte: Esporte interativo
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