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Análise Olimpíadas: Brasil tem grupo fácil no masculino, mas vai sofrer no feminino

Em busca do inédito ouro olímpico, Seleção Brasileira terá adversários fáceis na primeira fase masculina, mas meninas vão sofrer

14/04/2016 12:20

(Foto: André Mourão/Mowa Press)

O escrete canarinho é muito superior a todos os rivais de sua chave e deve avançar no primeiro lugar. A África do Sul, terceira colocada na última Copa Africana de Nações sub-23, não tem um setor ofensivo dos mais poderosos e criativos, e o grande nome é o goleiro February, herói da classificação ao defender três cobranças na disputa de pênaltis com Senegal, que garantiu os Bafana Bafana nas Olimpíadas. O Iraque foi outro time que se classificou no sufoco, com muita emoção e também não tem uma equipe repleta de talento.

O maior desafio do Brasil na fase de grupos será a Dinamarca, que possui alguns jogadores interessantes e de boa qualidade técnica, principalmente Viktor Fischer, de apenas 21 anos, que desde 2012 atua nos profissionais do Ajax. O jovem atacante é bom finalizador, tem ótima técnica, habilidade, muito talento e experiência inclusive na Uefa Champions League.

Outros grupos

O grupo B é o mais forte do torneio masculino. A Colômbia tem uma geração muito talentosa liderada pelo canhoto Juan Quintero, que quase reforçou o Internacional e pertence ao Porto. O garoto, revelado no Envigado, que também deu ao mundo outros nomes como James Rodríguez e Guarín, tem muita qualidade técnica e habilidade, além de cobrar bem faltas e ter grande visão de jogo e ótimo passe.

(Foto: Getty Images)

Os Cafeteros, porém, terão dificuldade para avançar à fase final. Isso porque Suécia, Nigéria e Japão também têm ótimos times. Os suecos, com uma geração muito talentosa, são os atuais campeões europeus sub-21, e bateram a forte seleção portuguesa na decisão. O grande destaque é o meio-campista Simon Tibbling, que tem bom passe e qualidade técnica e controla bem a partida, ditando o ritmo de jogo com uma maturidade impressionante para seus 21 anos. O garoto, revelado no Djurgårdens IF, atua profissionalmente já há quatro anos e foi contratado pelo Groningen em 2015 após arrebentar e ser campeão na Euro sub-21.

A Nigéria, por sua vez, é a atual campeã africana sub-23 e bateu o Brasil recentemente, em amistoso no Espírito Santo. As Super Águias tem um time com setor ofensivo de enorme qualidade. Entre os destaques estão Etebo Oghenekaro, eleito o jogador africano mais promissor pela Confederação Africana de Futebol no início deste ano. O atacante, de apenas 20 anos, foi o artilheiro da última CAN sub-23, conquistada por sua seleção. Seu parceiro no ataque, Junior Ajayi, também é ótimo jogador, e outro grande nome é Okechukwu Azubuike, garoto de apenas 18 anos, eleito o craque da última CAN sub-23 e dono de enorme talento.

No centro, com a camisa 10, Nakajima, craque japonês (Foto: Getty Images)

O Japão, por sua vez, é o atual campeão asiático sub-23 e tem uma geração muito interessante e talentosa comandada pelo competente Makoto Teguramori. Ryota Oshima e Yuya Kubo são alguns dos nomes para ficar de olho, mas o principal jogador e craque do time é o camisa 10 Shoya Nakajima, meia talentoso, de enorme qualidade técnica, habilidade, ótimo passe e que bate muito bem na bola. Tudo pode acontecer no grupo B, que só tem equipes fortes.

Já na chave C, Fiji deve ser o saco de pancadas, enquanto México e Coreia do Sul, que possuem boas equipes, brigarão pela segunda vaga. A Alemanha é a favorita para avançar no primeiro lugar e inclusive uma das favoritas ao título. Os alemães possuem vários jogadores de muito talento e qualidade técnica, mas os dois que chamam mais atenção são Max Meyer e Leroy Sané, meio-campistas que formam uma excelente dupla titular já entre os profissionais do Schalke 04 e lideram a tradicional equipe na Bundesliga. Ambos já estão na mira dos maiores clubes da Europa e fazem sucesso também na seleção.

Parceiros no Schalke 04, Sané e Meyer também são destaques na seleção (Fotos: Getty Images)

No grupo D, Honduras deve sofrer goleadas de Argélia, Portugal e Argentina, que lutam pelas outras duas vagas, que têm os europeus e sul-americanos como favoritos para conquistá-las. Os africanos têm alguns jogadores interessantes como o meia Zinedine Ferhat, de 23 anos, que atua nos profissionais do Alger, um dos maiores times da Argélia, desde 2011. O grande nome das Raposas do Deserto, no entanto, é Abdelkader Salhi, goleiro que ganhou o prêmio de melhor de sua posição na última Copa Africana de Nações sub-23, quando sua equipe foi vice-campeã, perdendo para a Nigéria na final.

Portugal e Argentina, os favoritos, possuem times fortíssimos, talentosos e com jogadores que já fazem sucesso no futebol europeu. Os lusos têm Bruno Fernandes como grande destaque. O meia, de talento e qualidade técnica impressionantes, também tem muita habilidade e bate bem na bola, inclusive faltas e pênaltis. Recentemente, ele atropelou o Napoli de Gonzalo Higuaín, que luta pelo título da Serie A, com uma grande atuação e dois gols na vitória da sua Udinese por 3 a 1 sobre os Partenopei.

Pelo lado da Albiceleste, entre vários nomes, quem mais chama atenção é Paulo Dybala, que tem idade olímpica e pode ser convocado para defender a seleção argentina no Rio de Janeiro. O craque da Juventus dispensa apresentações.

Feminino

Já no futebol feminino, o Brasil não deu a mesma sorte. No entanto, existe um ponto positivo: no masculino, apenas os dois melhores de cada grupo avançam à fase final, já entre as meninas, além dos dois melhores de cada chave, os dois melhores terceiros colocados também passam, o que aumentam as chances brasileiras de avanço.

O Brasil tem condições, ainda mais em casa, com o ótimo time que tem, de avançar até no primeiro lugar, no entanto, a chave é difícil, já que China e Suécia possuem equipes fortíssimas. A África do Sul, por outro lado, deve ser o saco de pancadas.

(Foto: Mowa Press)

Nos outros grupos, Canadá e Alemanha são as favoritas na chave F, mas a Austrália pode conseguir avançar, enquanto o Zimbábue deve apenas fazer figuração. No grupo G, os Estados Unidos, que conquistaram a Copa do Mundo Feminina no ano passado, são favoritos não só ao avanço, mas também para faturar a medalha de ouro. A França é a segunda força e pode fazer um belo torneio, enquanto Nova Zelândia e Colômbia brigam pela chance de avançar em terceiro. Um fato que chama atenção é a ausência do Japão, atual vice-campeão mundial, que conquistou o título mundial em 2011 e a medalha de prata nas Olimpíadas de Londres em 2012. As Nadeshiko sequer se classificaram para disputar os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro.

Fonte: Esporte interativo
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