O escrete canarinho é muito superior a todos os rivais de sua chave e deve avançar no primeiro lugar. A Ãfrica do Sul, terceira colocada na última Copa Africana de Nações sub-23, não tem um setor ofensivo dos mais poderosos e criativos, e o grande nome é o goleiro February, herói da classificação ao defender três cobranças na disputa de pênaltis com Senegal, que garantiu os Bafana Bafana nas OlimpÃadas. O Iraque foi outro time que se classificou no sufoco, com muita emoção e também não tem uma equipe repleta de talento.
O maior desafio do Brasil na fase de grupos será a Dinamarca, que possui alguns jogadores interessantes e de boa qualidade técnica, principalmente Viktor Fischer, de apenas 21 anos, que desde 2012 atua nos profissionais do Ajax. O jovem atacante é bom finalizador, tem ótima técnica, habilidade, muito talento e experiência inclusive na Uefa Champions League.
Outros grupos
O grupo B é o mais forte do torneio masculino. A Colômbia tem uma geração muito talentosa liderada pelo canhoto Juan Quintero, que quase reforçou o Internacional e pertence ao Porto. O garoto, revelado no Envigado, que também deu ao mundo outros nomes como James RodrÃguez e GuarÃn, tem muita qualidade técnica e habilidade, além de cobrar bem faltas e ter grande visão de jogo e ótimo passe.
(Foto: Getty Images)Os Cafeteros, porém, terão dificuldade para avançar à fase final. Isso porque Suécia, Nigéria e Japão também têm ótimos times. Os suecos, com uma geração muito talentosa, são os atuais campeões europeus sub-21, e bateram a forte seleção portuguesa na decisão. O grande destaque é o meio-campista Simon Tibbling, que tem bom passe e qualidade técnica e controla bem a partida, ditando o ritmo de jogo com uma maturidade impressionante para seus 21 anos. O garoto, revelado no Djurgårdens IF, atua profissionalmente já há quatro anos e foi contratado pelo Groningen em 2015 após arrebentar e ser campeão na Euro sub-21.
A Nigéria, por sua vez, é a atual campeã africana sub-23 e bateu o Brasil recentemente, em amistoso no EspÃrito Santo. As Super Ãguias tem um time com setor ofensivo de enorme qualidade. Entre os destaques estão Etebo Oghenekaro, eleito o jogador africano mais promissor pela Confederação Africana de Futebol no inÃcio deste ano. O atacante, de apenas 20 anos, foi o artilheiro da última CAN sub-23, conquistada por sua seleção. Seu parceiro no ataque, Junior Ajayi, também é ótimo jogador, e outro grande nome é Okechukwu Azubuike, garoto de apenas 18 anos, eleito o craque da última CAN sub-23 e dono de enorme talento.
No centro, com a camisa 10, Nakajima, craque japonês (Foto: Getty Images)O Japão, por sua vez, é o atual campeão asiático sub-23 e tem uma geração muito interessante e talentosa comandada pelo competente Makoto Teguramori. Ryota Oshima e Yuya Kubo são alguns dos nomes para ficar de olho, mas o principal jogador e craque do time é o camisa 10 Shoya Nakajima, meia talentoso, de enorme qualidade técnica, habilidade, ótimo passe e que bate muito bem na bola. Tudo pode acontecer no grupo B, que só tem equipes fortes.
Já na chave C, Fiji deve ser o saco de pancadas, enquanto México e Coreia do Sul, que possuem boas equipes, brigarão pela segunda vaga. A Alemanha é a favorita para avançar no primeiro lugar e inclusive uma das favoritas ao tÃtulo. Os alemães possuem vários jogadores de muito talento e qualidade técnica, mas os dois que chamam mais atenção são Max Meyer e Leroy Sané, meio-campistas que formam uma excelente dupla titular já entre os profissionais do Schalke 04 e lideram a tradicional equipe na Bundesliga. Ambos já estão na mira dos maiores clubes da Europa e fazem sucesso também na seleção.
Parceiros no Schalke 04, Sané e Meyer também são destaques na seleção (Fotos: Getty Images)No grupo D, Honduras deve sofrer goleadas de Argélia, Portugal e Argentina, que lutam pelas outras duas vagas, que têm os europeus e sul-americanos como favoritos para conquistá-las. Os africanos têm alguns jogadores interessantes como o meia Zinedine Ferhat, de 23 anos, que atua nos profissionais do Alger, um dos maiores times da Argélia, desde 2011. O grande nome das Raposas do Deserto, no entanto, é Abdelkader Salhi, goleiro que ganhou o prêmio de melhor de sua posição na última Copa Africana de Nações sub-23, quando sua equipe foi vice-campeã, perdendo para a Nigéria na final.
Portugal e Argentina, os favoritos, possuem times fortÃssimos, talentosos e com jogadores que já fazem sucesso no futebol europeu. Os lusos têm Bruno Fernandes como grande destaque. O meia, de talento e qualidade técnica impressionantes, também tem muita habilidade e bate bem na bola, inclusive faltas e pênaltis. Recentemente, ele atropelou o Napoli de Gonzalo HiguaÃn, que luta pelo tÃtulo da Serie A, com uma grande atuação e dois gols na vitória da sua Udinese por 3 a 1 sobre os Partenopei.
Pelo lado da Albiceleste, entre vários nomes, quem mais chama atenção é Paulo Dybala, que tem idade olÃmpica e pode ser convocado para defender a seleção argentina no Rio de Janeiro. O craque da Juventus dispensa apresentações.
Feminino
Já no futebol feminino, o Brasil não deu a mesma sorte. No entanto, existe um ponto positivo: no masculino, apenas os dois melhores de cada grupo avançam à fase final, já entre as meninas, além dos dois melhores de cada chave, os dois melhores terceiros colocados também passam, o que aumentam as chances brasileiras de avanço.
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— Rio 2016 (@Rio2016) 14 de abril de 2016
O Brasil tem condições, ainda mais em casa, com o ótimo time que tem, de avançar até no primeiro lugar, no entanto, a chave é difÃcil, já que China e Suécia possuem equipes fortÃssimas. A Ãfrica do Sul, por outro lado, deve ser o saco de pancadas.
(Foto: Mowa Press)Nos outros grupos, Canadá e Alemanha são as favoritas na chave F, mas a Austrália pode conseguir avançar, enquanto o Zimbábue deve apenas fazer figuração. No grupo G, os Estados Unidos, que conquistaram a Copa do Mundo Feminina no ano passado, são favoritos não só ao avanço, mas também para faturar a medalha de ouro. A França é a segunda força e pode fazer um belo torneio, enquanto Nova Zelândia e Colômbia brigam pela chance de avançar em terceiro. Um fato que chama atenção é a ausência do Japão, atual vice-campeão mundial, que conquistou o tÃtulo mundial em 2011 e a medalha de prata nas OlimpÃadas de Londres em 2012. As Nadeshiko sequer se classificaram para disputar os Jogos OlÃmpicos no Rio de Janeiro.