Um lugar bem longe da Copa do Mundo de 1950, quando embalado por cerca de 200 mil pessoas dentro do Maracanã, o Brasil sofreu o famoso "Maracanazo" e perdeu a final do mundial para o Uruguai.

Com uma capacidade de 70 mil pessoas, quase um quinto dos 367 mil habitantes de Helsinque o Estádio Olímpico foi construído para o evento.

O futuro presidente da CBF e da FIFA, João Havelange, o homem que viria globalizar o futebol em proporções sem precedentes, estava entre os atletas nos Jogos, representando o Brasil no pólo aquático.

Depois de duas guerras mundias, a União Soviética estava de volta a competição pela primeira vez desde 1912, e a Alemanha não foi dividida pelo Oriente e Ocidente e sim c omo uma nação unificada, embora não tenha incluido nenhum único atleta do oriente. Eles terminariam uma Olimpíada pela primeira vez sem uma única medalha de ouro.

O sucesso inicial do Uruguai nos Jogos Olímpicos levou diretamente para a formação da Copa do Mundo de futebol, as duas décadas do grande evento inaugural da FIFA havia deixado o torneio olímpico de futebol um pouco desprestigiado.

Além disso, a profissionalização viu emergentes e superstar globais do futebol cada vez mais ausente dos Jogos Olímpicos. O próprio Brasil havia começado a se profissionalizar em 1933 e, em Helsinque, o futebol já havia superado os Jogos.

Mas o futebol olímpico do Brasil incluiu algumas futuras estrelas. O primeiro time olímpico brasileiro foi liderado pelo ex-treinador do Botafogo, Newton Alves Caderoso. Foi composto por jogadores amadores do Rio de Janeiro e contou com futuros jogadores de Copa do Mundo Vava e Zózimo.

Ele também descobriu otalento de Larry, que viria a se tornar uma lenda do Internacional e no Pan-Americano quatro anos depois.

Larry viria a marcar quatro gols no torneio com 26 equipes, que era jogado em um formato de mata-mata. Ele marcou dois na estreia, nos 5 a 1 sobre o Países Baixos.

Ele marcou também na segunda partida do Brasil garantindo a vitória por 2 a 1 sobre Luxemburgo e outro nas quartas de final contra a Alemanha, mas não conseguiu impedir a eliminação da equipe na prorrogação. A partida acabou com o placar de 4 a 2.

A Hungria passou a reinvindicar a coroa, com o início do Golden Team formado por Nandor Hidegkuti, Sandor Kocsis e Ferenc Puskas que os levaram a conquista da medalha de ouro.