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No aniversário do Corinthians, artesão recria nova terceira camisa em barro

História de vida de Leonaldo Nascimento, de Caruaru, se confunde com a história do "Todo Poderoso Terrão".

01/09/2015 10:58

"Ninguém sabe se o homem veio do barro. Mas o corintiano, sim, esse veio. Veio da terra que vira barro em dia de chuva. Veio da terra que não vê grama. Que pinta de laranja o manto do Timão. Corinthiano veio do terrão". O início do "manifesto" da campanha de lançamento da nova terceira camisa do Corinthians poderia ser a história da vida de Seu Leonaldo, que em homenagem aos 105 anos do clube e em alusão à nova terceira camisa, teve a ideia de criar bonecos especiais para sua coleção - suas peças de barro estão espalhadas nos cinco continentes.

- Esse jogador com a camisa laranja é para homenagear o Timão e o novo uniforme. Eu já comecei a fazer os bonecos de barro, vai ficar muito bonito e tem a ver comigo, é a cor do barro. Só faço jogador de futebol do Corinthians, e na minha loja não vendo nada do Palmeiras nem do São Paulo, é de mim mesmo não fazer, nem colocar. Também não uso camisa verde ou tricolor, só preto e branco, e agora, laranja.

Corintiano "laranja" desde criança, o artesão é nascido e criado no Alto do Moura, em Caruaru, Agreste pernambucano. O local é conhecido nacionalmente por ser o berço do Mestre Vitalino e de artesãos que trabalham com a arte do barro e expõem suas peças em ateliês. Mas, a oficina  de Leonaldo Nascimento, de 54 anos, é diferente de todas as outras, pois se trata da "casa do Corinthians".

O seu local de trabalho é cheio de pôsteres, bonecos e objetos que remetem ao Timão. É lá onde ele tem inspirações para transformar o barro em arte e tira o sustento da família. Com mais de 60 camisas do alvinegro paulista, seu Leonaldo afirma que a paixão é de nascença e explica como descobriu que era "maloqueirinho".

- A paixão pelo Corinthians é de sangue. Nasci corintiano e o que me dá mais vontade de torcer é assistir aos jogos, ver a torcida cantar, os jogadores guerreiros, com raça, isso motiva muito. Descobri a paixão com dez anos, eu tinha uma bicicleta, e coloquei uma bandeirinha do clube. Eu já era um "maloqueirinho", fui gostando e tudo que eu vejo do timão, eu coloco na minha casa. Tenho camisas, talheres, cinzeiros, copos, almofadas, o carro é preto e branco, a casa também e com um gavião em cima.

O artesão teve a oportunidade de conhecer o "Todo Poderoso Terrão" quando visitou o Parque São Jorge e bebeu da água da fonte. Com certificado de corintiano em mãos, ele afirma que ver um jogo entre Corinthians e Palmeiras no Pacaembu foi uma das maiores emoções que já sentiu.

- Quando visitei São Paulo fui no Parque São Jorge, no Pacaembu, vi os troféus de perto e quando assisti a um jogo pela primeira vez no estádio eu me arrepiei bastante, me emocionei muito. Tive ainda mais amor pelo Corinthians.

Com os olhos brilhando, ele ainda relembrou o que considera o título mais importante da história, o Mundial de Clubes de 2012, e a festa que foi na vizinhança.

- Me lembro bem do gol do Guerrero. Estávamos assistindo na frente da "casa do Corinthians", umas 50 pessoas vieram. Foi uma festa de arrepiar, ficamos emocionados com o título. A paixão que temos pelo Corinthians é muito bonita.

Seu Leonaldo mora com a esposa e dois filhos e os ensinou as duas coisas mais importantes da sua vida: o dom de transformar o simples barro em obras de arte e a amar o Sport Club Corinthians Paulista. 

Fonte: Globoesporte.com
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