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Jogadores do River paralisam e pedem pagamento dos salários atrasados

Elenco está há três meses sem receber salários e pede que a diretoria tricolor pague pelo menos metade dos débitos para poder retornar aos treinos.

07/10/2015 07:18

Os atrasos de salário voltam a ser pauta no Poleiro do Galo. Na tarde de ontem, jogadores decretaram mais uma paralisação devido à falta de respostas da diretoria. A situação se agrava com o passar do tempo e a folha salarial do Galo se tornou uma verdadeira bola de neve. Ao todo, são três meses de salários atrasados. Quem chegou ao CT Afrânio Nunes, na zona Sul de Teresina, na tarde de ontem se deparou com os portões fechados e o campo vazio.

Um grupo de jogadores informou ao Jornal O Dia que havia um acordo entre elenco e diretoria para que a metade da atual folha salarial fosse paga até a última segunda-feira (04), um dia após a classificação do River para as quartas de finais da Série D do Campeonato Brasileiro. Como a diretoria não cumpriu a sua parte no acordo, os atletas paralisaram o treino de ontem e afirmam que não retornam às atividades até receber parte do dinheiro.

No final da tarde de ontem, a diretoria veio a público falar sobre o assunto. Durante coletiva de impressa, o presidente afastado do clube, Elizeu Aguiar, afirmou que foi aberto um canal de diálogo entre o capitão da equipe, Paulo Paraíba, e o treinador Flávio Araújo. Uma conversa final ainda deve acontecer. Sem um posicionamento do grupo de jogadores, ainda não existe certeza de quando retornam aos treinamentos. Elizeu Aguiar declarou que isso não foi conversado na tarde de ontem. O grupo de jogadores informou disse que o retorno às atividades só acontecem mediante ao pagamento de pelo menos metade da folha, ou seja, um mês e meio.

O dirigente assumiu ainda que as dificuldades em relação ao pagamento do grupo começaram em abril deste ano, durante a disputa do Campeonato Piauiense.

“Nesse momento, eu quero dizer que essa responsabilidade é da diretoria, mas ela também passa por todos aqueles que fazem futebol no estado do Piauí de poder se sensibilizar e honrar com tudo aquilo que foi acordado, não é só o River. O River hoje é Piauí, é uma vaga a mais dentro do Campeonato Brasileiro. Os atletas nós compreendemos, pois é uma forma de se manifestar. Saco vazio não se põe de pé e nós sabemos disso”, declarou o presidente afastado, Elizeu Aguiar.

Sobre possíveis soluções e prazos para a odisseia que vive os jogadores, nada de certo foi dito, somente que a diretoria continua trabalhando para resolver. “Estamos imbuídos nisso. Quando terminamos de pagar uma folha, começamos a batalha da folha seguinte. Intenciona em resolver o mais breve possível e dar uma reposta aos atletas e tranquilizar a torcida pelo jogo importante que temos, talvez o mais importante da nossa vida”, lembra Elizeu.

Elizeu vem lidando diretamente com o problema desde o inicio. De acordo com ele, em nenhum momento a diretoria esteve ausente, buscando se explicar aos jogadores. “Nós precisamos de ajuda, quem está vendo a situação nesse momento. A responsabilidade é do River é, mas nós precisamos pensar no Piauí. Essa diretoria não tem no seu histórico a condição de mau pagador. Gostaria sensibilizar Teresina e o Piauí como um todo, não é possível que não tenhamos pessoas que possam contribuir”, desabafa o presidente afastado, Elizeu Aguiar.

De acordo com a diretoria, o papel do torcedor na partida diante ao Lajeadense na segunda-feira será fundamental para que esse pagamento aconteça. O próximo jogo do River acontece na segunda-feira (12), às 16h30min, no Albertão diante o Lajeadense, do Rio Grande do Sul. A partida é valida pelas quartas de finais do Brasileiro Série D e duas vitórias garantem o acesso a Série C.

Foto: Jailson Soares/ODIA


Por: Pâmella Maranhão - O DIA
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