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Segunda melhor do mundo no polo aquático, brasileira vai defender a Itália

Izabella Chiappini, que defendeu o Brasil na Rio 2016, aceita convite de seleção italiana e vai defender equipe europeia nos próximos anos. Atleta já tinha dupla cidadania

10/03/2017 12:47

O principal nome do polo aquático brasileiro e eleita, ano passado, a segunda melhor jogadora do mundo, Izabella Chiappini defenderá a seleção italiana neste ciclo olímpico. A atleta de 21 anos possui dupla cidadania e foi convidada pela equipe europeia para representar o país nas principais competições do ciclo olímpico. O "sim" definitivo veio na quinta-feira, quando a atleta avisou a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).

A jovem atleta atua pelo Messina, da Itália, e é vice artilheira da Liga Nacional nesta temporada, um dos torneios mais fortes do mundo. Ela foi convidada, no fim do ano passado, para treinar com a seleção italiana, ainda sem compromisso. Se deu muito bem, foi muito elogiada pelas jogadoras e comissão técnica.

- Não foi fácil tomar essa decisão. É muito difícil imaginar que não vou mais defender as cores e a bandeira do meu país. Não vou estar jogando ao lado das minhas amigas, minha família e amigos - disse a atleta.

Pelas regras da Federação Internacional de Natação (FINA), Izabella terá que esperar um ano a partir do último jogo pelo Brasil, para poder atuar na Itália. Como o último jogo foi em agosto, na Olimpíada do Rio, ainda não poderá defender a equipe europeia no Campeonato Mundial, que será realizado em Budapeste, na Hungria. Ela estará na competição assistindo da arquibancada, ao lado de Roberto Chiappini, seu pai, e técnico da seleção brasileira durante muitos anos.

Iza foi destaque do Brasil na Olimpíada do Rio de Janeiro, quando o time jogou pela primeira vez o evento. Na ocasião, o Brasil perdeu os cinco jogos que fez, mas conseguiu ter bons momentos na água contra as melhores do mundo. A jovem jogadora marcou 12 gols e ficou em oitavo lugar na lista das artilheiras.

A Itália é uma das principais seleções do mundo. Nos Jogos do Rio, foi medalha de prata, perdendo a decisão para os Estados Unidos. Na história, são dois títulos mundiais, além do ouro na Olimpíada de 2004 e o pentacampeonato europeu.


Izabella Chiappini treinando na Itália (Foto: Divulgação )

As mudanças de nacionalidades não são raridade no polo aquático mundial. O país, que jamais conseguiu uma medalha olímpica, tem três atletas que já foram ao pódio: Alexandra Araujo, paulista campeã pela Itália em 2004, Tony Azevedo, também nascido no Rio, foi vice-campeão em 2004 e foi capitão da seleção americana por mais de uma década, e Pietro Figlioli, nascido no Rio, e prata com a Itália em Londres 2012.

Mas o Brasil também importa jogadores. A seleção masculina, por exemplo, naturalizou dois atletas para os jogos do Rio de Janeiro: o goleiro Slobodan Soro e o centro Josip Vrlic. Além disso, repatriou Felipe Perrone, que nasceu no Brasil mas defendeu a Espanha por oito anos, e nacionalizou três atletas com familiares brasileiros: Paulo Salemi, Ádria Gonzalez e Ives González. O time, com todos os reforços, ficou em oitavo lugar, após vencer a Sérvia, que seria a campeã, na primeira fase.

Fonte: Globo Esporte
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