A judoca piauiense Sarah
Menezes sobe hoje (29) aos
tatames do Mundial de Judô,
que acontece em Budapeste, na Hungria. A primeira
luta será contra a alemã Nieke Nordmeye. Sarah busca
o titulo inédito na categoria
meio-leve (-52kg), mas esse
é seu nono mundial pela Seleção Brasileira. As lutas começam às 10h do horário local
(5h de Brasília), e repescagem, semifinais e disputas por
medalhas começam às 16h no
horário local, por volta das
11h no horário de Brasília.
Esse será o primeiro Mundial de Sarah após a saída
da categoria ligeiro (-48kg)
para a categoria meio-leve
(-52kg). A piauiense vive uma
crescente e conquistou o ouro
no Regional I de Judô lutando
pelo Piauí, e no mês de junho
garantiu a medalha de prata
no Grand Prix de Cancún, a
primeira internacional após a
mudança de categoria.
A piauiense Sarah Menezes sobe no tatame do Mundial de Judô (Foto: Paulo Pinto/ CBJ)
Sarah acabou ‘herdando’ a
vaga para o Mundial após a lesão de Mariana Silva (-63kg),
que desfalca a seleção por ter
se machucado em treinamentos e precisou passar por cirurgia no joelho. A piauiense
fala sobre as expectativas para
o Mundial e mostra confiança.
“Sobre as adversárias eu
não me preocupo tanto, sou
bem tranquila e costumo nem
olhar minha chave, fiquei sabendo pelos outros. Passamos muitos dias na França
fazendo uma aclimatação e
também treinando junto com
a Seleção deles e isso foi bom
para todos nos. Me sinto muito bem, confiante e agora é
dar meu melhor no tatame
para continuar evoluindo nos
resultados”, relatou Sarah Menezes.
Sarah atualmente é número
18 no ranking da Federação
Internacional de judô, que tem
a também brasileira Erika Miranda (-52kg) como vice líder
da categoria meio-leve. Caso
passe pela alemã de 22 anos,
a campeã olímpica vai encarar
Ai Shishime, do Japão, medalhista de bronze no Grand Prix
de Dusseldorf deste ano.
O Mundial de Judô teve
inicio na segunda-feira (28)
com três brasileiros subindo
aos tatames; Phelipe Pelim
(-60kg), Stephanie Koyama
(-48kg) e Eric Takabatake
(-60kg), todos foram eliminados nas oitavas de final. O
mundial na Húngria se estende até quinta-feira (3) quando acontecem também as disputas por equipes mistas.
Evento serve de laboratório
para a equipe brasileira
O Mundial servirá para
que a federação internacional da modalidade ratifique
ou abandone novas regras
que lançou no final de 2016.
Entre as principais estão
a diminuição do tempo das
lutas masculinas de cinco
para quatro minutos, a extinção do yuko como pontuação -restaram apenas
o ippon e o waza-ari- e o
máximo de três punições, e
não mais quatro, para eliminar o judoca de um combate, entre outros.
A CBJ promoveu um "intensivão" sobre as novas regras para a seleção durante
a preparação da equipe, na
cidade de Pindamonhangaba, no início deste mês.
Edson Minakawa e Jeferson Vieira, árbitros com
participações em Jogos
Olímpicos e Paraolímpicos,
estiveram na aclimatação
para ajudar em simulações
de combates e solução de
dúvidas.
Outro ponto de atenção é
a disputa mista por equipes
entre nações, novidade que
ganhou relevância por entrar no programa olímpico.
As categorias envolvidas
na disputa dão uma perspectiva favorável para o
Brasil (57 kg, 70 kg e acima
de 70 kg, no feminino, e 73
kg, 90 kg e acima de 90 kg,
no masculino).
Essa formação permite
escalar ao menos, por exemplo, Rafaela Silva, Mayra
Aguiar e Rafael Silva, entre
outros
Edição: Biá BoakariPor: Pâmella Maranhão