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Presidente do Vasco vê manobra política em pedido de afastamento

Eurico Miranda reagiu com perplexidade à denúncia do Ministério Público, que pede sua destituição e todos os vice-presidentes do clube.

14/09/2017 17:23

O presidente do Vasco, Eurico Miranda, reagiu com perplexidade à denúncia do Ministério Público que pede sua destituição e de todos os vice-presidentes do clube em função de supostas ligações com a organizada Força Jovem, que está suspensa dos estádios brasileiros pelo órgão. Em nota oficial, o dirigente classifica a ação como "inacreditável" e insinua que ela teve motivações políticas, uma vez que faltam menos de dois meses para a eleição cruzmaltina.
Justamente nesta quinta-feira (14), às 20h, Eurico Miranda lançará oficialmente sua candidatura à reeleição em um clube português na Zona Norte do Rio de Janeiro. O nome de sua chapa se chamará "Reconstruindo o Vasco".
Na página de sua campanha, além da nota oficial rebatendo a denúncia, há duas postagens que ironizam a ação do MP, com fotos do presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, e de candidatos de oposição do Vasco, cercado por membros de organizadas. Na ação do órgão, um dos pontos citados são fotos de Eurico com tais indivíduos.


Eurico Miranda, presidente do Vasco

Veja abaixo a íntegra da resposta da diretoria do Vasco:
"Inacreditável!!!
É com perplexidade que tomamos conhecimento de tamanho absurdo. Não é novidade que um membro do Ministério Público tem se aventurado em ações absolutamente precipitadas e desarrazoadas no que tange os episódios de violência nos estádios cariocas, especialmente em relação ao Club de Regatas Vasco da Gama, contra o qual se chegou a deduzir pedido de interdição do Estádio pela via inadequada e com base em suposto descumprimento de obrigações de terceiros, que inusitadamente não foram alvos de pretensões similares.
Agora, seguindo a batida, e evidentemente temperada com questões pessoais e/ou políticas, se aventura, às vésperas do lançamento da candidatura do atual mandatário à reeleição, vir a juízo requerer, com base em mera ilação do parquet, a destituição de toda a diretoria do Clube, porquanto, segundo vocês afirmam, fotografias "comprovariam" que o VASCO apoia a Força Jovem e, por conseguinte, estimularia a violência nos estádios. Inacreditavelmente assiste-se a mais um exemplo de uso da máquina estatal como instrumento político!
Em meio a tantas evidências que levam à essa insofismável conclusão, vemos mais uma jogada ensaiada entre o(s) condutor(es) da manobra e os canais que se desesperam com a retomada do bom desempenho do futebol, afinal uma ação distribuída e que ainda se encontra em autuação produziu uma matéria em tempo recorde, a ser reverberada nas primeiras horas do dia do lançamento da candidatura do atual mandatário à reeleição. Nada mais peculiar!
Ora, se de um lado não há dúvidas do caráter político/pessoal da manobra encetada, há também de outro, a certeza que o Judiciário não servirá a tais propósitos, até porque, segundo determina o art. 37 do Estatuto do Torcedor, no qual se prevê a destituição de dirigentes, para que haja uma decisão neste sentido necessário se faz a observância do devido processo legal, o que, obrigatoriamente, ensejará a prévia intimação do Clube para apresentação de defesa.
Busca pelo holofote, questões pessoais e sede de poder! Essa é a combinação que assustadoramente parece ter dado ensejo ao instrumento político em questão.
O Vasco, quando efetivamente intimado para manifestar-se, demonstrará o absurdo por de trás da manobra!
Diretoria
Club de Regatas Vasco da Gama"

Fonte: Folhapress
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