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Para boleiros, bola do Brasileirão é a melhor do futebol brasileiro

Entre as justificativas estão que a bola é mais confortável no pé, não é tão leve ou tão pesada e permite um controle maior no toque.

20/04/2017 10:59

A Copa Libertadores, a Sul-Americana e o Brasileirão usam bolas da Nike. A maioria dos campeonatos estaduais é jogada com Penalty. Os torneios regionais, como a Primeira Liga e a Copa do Nordeste, e poucos estaduais, como o Carioca, usam Topper.

São pelo menos três bolas diferentes usadas no primeiro semestre. Qual delas é a melhor? O Na Vitrine perguntou a alguns boleiros que entraram em contato com as três. Dos dez jogadores que responderam ao blog, de clubes de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Santa Catarina, nove escolheram a bola da Nike. Entre as justificativas estão que a bola é mais confortável no pé, não é tão leve ou tão pesada e permite um controle maior no toque.

O único que fez uma escolha diferente foi Julio César, goleiro do Santa Cruz. Ele joga o estadual de Penalty, a Copa do Nordeste com Topper e vai jogar a Copa do Brasil com a bola Nike. “Cada uma tem um peso diferente e isso muda muito a variação que elas fazem. A melhor é a do Estadual. É uma bola que não varia muito e ajuda na defesa. A da Copa do Nordeste é mais leve e facilita para os batedores e dificulta mais para os goleiros”, explica.

Artilheiro do Flamengo, o peruano Guerreiro elegeu a Nike como a melhor, mas admitiu que, em algumas situações de jogo, outras bolas podem ser mais adequadas. Segundo ele, a Topper (usada na Primeira Liga) é a ideal para chutes de longe, por exemplo. “Cada bola requer uma batida diferente”, explica. “A Topper é melhor para chutes de longe. Mas em bolas paradas, a melhor é a Nike, por exemplo”.

Essas mudanças são justamente o centro das reclamações dos goleiros em relação às bolas. “Existem diferenças em cada bola. A da Copa do Brasil, por exemplo, é mais leve. A do Estadual é mais lenta por ser mais pesada. Mas justamente por possuírem características diferentes, para os goleiros todas tem se tornado mais difíceis”, explica Wilson, arqueiro do Coritiba. “É por isso que nos treinos que antecedem aos jogos utilizamos a bola dá competição. Além disso, trabalhamos algumas situações específicas especificas, como chutes a média e longa distância, quando a bola é mais leve”.

Esse tempo de adaptação, porém, nem sempre é o ideal. “Nós fazemos treinos de adaptação na véspera dos jogos, mas é impossível se adaptar a tempo em razão do calendário”, admite o meio-campista do Flamengo Mancuello. “Por culpa do calendário, às vezes fazemos só um treino com a bola do próximo jogo. Não é o ideal”, completa Guerreiro, seu companheiro de clube.

Nike Ordem 4

A versão do Brasileirão e da Copa do Brasil é chamada Nike CBF Ordem 4, com predominância das cores azul e verde, detalhes em amarelo e o escudo oficial da CBF. É o mesmo modelo da Libertadores. Foi lançada em fevereiro.

Além do design, a bola ainda teve algumas outras mudanças funcionais em relação a sua geração anterior. A câmara foi atualizada para aumentar a sensibilidade ao toque do jogador e os gomos ganharam um corte diferente, classificado de Aerowtrac, além de uma camada comprimida de polietileno, que armazena energia e proporciona um voo mais preciso nos lançamentos. É a mesma bola, também, dos Campeonatos Espanhol, Inglês e Italiano.

Penalty S11 Campo Pró

Lançada em novembro de 2016, a S11 Campo Pró conta “com a tecnologia Precision, desenvolvida pela Penalty em 2003. Inspirada na bola de golfe, a técnica trouxe para a superfície da bola de futebol cavidades produzidas a partir de um laminado especial, que reduzem sua resistência ao ar. O resultado é uma bola mais precisa, que flutua menos e mantém sua trajetória oficial, facilitando o trabalho do goleiro.” A bola é usada nos Campeonatos Amazonense, Baiano, Catarinense, Gaúcho, Goiano, Mineiro, Paulista, Paraense, Pernambucano, Potiguar e Sergipano, por exemplo.

Topper (KV Carbon 12 pró, Samba e Asa Branca)

A Topper lançou modelos específicos para o Campeonato Carioca (Samba) e para a Copa do Nordeste (Asa Branca). A base, porém, é o modelo KV Carbon 12 Pro. “Com seis gomos, a bola possui a tecnologia fusionada com o diferencial de um composto interno, de borracha siliconada de alta resiliência, que proporciona mais maciez e conforto. Este tipo de construção garante ao produto total uniformidade em sua circunferência para maior precisão no chute. Outro diferencial da bola fusionada da Topper é a impermeabilidade, que não permite a variação de peso devido e a não absorção de água. O laminado tem textura similar à bola de golf, gerando benefícios na aerodinâmica durante as partidas, já que as cavidades do material reduzem o atrito com o ar e facilitam os chutes de longa distância”.

Fonte: UOL
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