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Palmeiras vai do céu ao inferno em 10 dias, e muro do Allianz Parque é pichado

O clima de pressão agora se sobrepõe em comparação com a paz vivida pelo técnico interino. Depois de arrancar com três vitórias em três partidas, o ex-auxiliar de Cuca tropeçou quando mais se aproximava do Corinthians na briga pelo título

09/11/2017 09:10

O discurso de "foco no G-4", ponderado há dez dias, hoje se tornou a realidade do Palmeiras para as últimas cinco rodadas do Campeonato Brasileiro. Sem vencer há três jogos e diante de duas derrotas consecutivas -Corinthians e Vitória-, o time alviverde agora se vê pressionado na briga pela quarta colocação na Série A. A paz do início de trabalho de Alberto Valentim se transformou em questionamentos sobre o atual campeão nacional.

O clima de pressão agora se sobrepõe em comparação com a paz vivida pelo técnico interino. Depois de arrancar com três vitórias em três partidas, o ex-auxiliar de Cuca tropeçou quando mais se aproximava do Corinthians na briga pelo título. O empate por 2 a 2 com o Cruzeiro, em casa, impediu o Palmeiras de chegar a Itaquera a apenas três pontos do até então pressionado arquirrival.

Na Arena Corinthians, ainda sob a esperança de entrar definitivamente na disputa pela taça, Alberto Valentim impôs convicções pessoais como a marcação com a linha defensiva alta e pecou. O líder do campeonato fez três gols no primeiro tempo e praticamente tirou o Palmeiras da briga pela ponta -o clássico terminou 3 a 2 para o clube alvinegro.


Muro da bilheteria do Allianz Parque, estádio do Palmeiras, amanhece pichado nesta quinta-feira (9). Foto: Futura Press/Folhapress

A queda da última quarta, em Salvador, novamente com falhas defensivas e três gols sofridos em 45min, já despertou questionamentos sobre o trabalho de Alberto Valentim. De dois gols tomados em três partidas no início de passagem, o time do interino acabou vazado oito vezes nos últimos três compromissos.

O resultado negativo em Salvador (3 a 1) deixou o Palmeiras com 11 pontos de desvantagem em relação ao Corinthians, que venceu o Atlético Paranaense por 1 a 0 também nesta quarta. A "gordura" para o Botafogo, quinto colocado na tabela e dentro da zona de classificação para a pré-Libertadores, caiu para apenas três pontos, sendo que os dois times se enfrentam na penúltima rodada.

A resposta palmeirense também precisa vir contra um rival direto pela quarta colocação. O Flamengo, que quebrou um jejum de três rodadas sem vitórias ao bater o Cruzeiro por 2 a 0, é o próximo adversário neste sábado, no Allianz Parque -agora são apenas quatro pontos de diferença em relação ao clube rubro-negro, sétimo na tabela.

A realidade bate na porta, e o "foco no G-4" é ainda mais necessário. Ainda em Salvador, Alberto Valentim admite que o jejum dos últimos três duelos tirou o Palmeiras da briga pela ponta -são 11 pontos atrás com apenas mais 15 em disputa até o fim da Série A.

"O Palmeiras luta para ir para a Libertadores, temos de ser muito realistas, como fomos sempre. A gente precisa reagir rapidamente. Título não precisamos falar que ficou muito distante. Temos de classificar o melhor possível para a Libertadores", afirmou Alberto Valentim, que comanda treino na manhã desta quinta-feira, em Salvador.

Protesto

O Allianz Parque teve seus muros pichados horas depois de o Palmeiras ter sido derrotado pelo Vitória.

As paredes da bilheteria do estádio palmeirense receberam frases já tradicionais em protestos como "vergonha" e "jogadores medíocres" e uma outra pedindo mudança na escalação de Alberto Valentim: "Felipe Melo e mais 10".

Curiosamente, enquanto o Palmeiras jogava em Salvador, o seu estádio recebia um show para mais de 40 mil pessoas da banda britânica Coldplay. Na terça, a arena também tinha recebido a apresentação do grupo.

Fonte: Folhapress
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