Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

O que o "œBrexit" significa para a Fórmula 1

A grande preocupação está em relação à moeda. A queda no valor da Libra Esterlina após o anúncio da decisão certamente vai impactar o orçamento de muitas equipes.

24/06/2016 14:25

Oito das onze equipes da Fórmula 1 possuem fábricas na Inglaterra: Mercedes, Red Bull, Williams, McLaren, Renault, Force Índia, Manor e Haas. Certamente, a decisão do Reino Unido em sair da União Europeia terá efeito sobre estas organizações globais. Mas os indícios são de um impacto relativamente pequeno.

A grande preocupação está em relação à moeda. A queda no valor da Libra Esterlina após o anúncio da decisão certamente vai impactar o orçamento de muitas equipes, especialmente em relação ao pagamento de fornecedores de outros países, cujos contratos são feitos em moedas estrangeiras. Além, claro, dos custos de viagem, que vão aumentar muito.

A mudança porém não deve afetar muito os funcionários das fábricas originários de outros países da União Europeia. Antes bastava a eles o passaporte de seus países de origem para poder trabalhar no Reino Unido. Ainda não está decidido como será o novo sistema, mas pela representatividade das organizações para as quais eles trabalham na economia do país, dificilmente terão problemas para obter um visto de trabalho.

A investigação da União Europeia contra os contratos da própria Fórmula 1 sofre um golpe com a decisão do Reino Unido. Quem lidera a investigação é Anneliese Dodds, membro do parlamento europeu representando a Inglaterra. A primeira reação em Bruxelas aos acontecimentos de hoje é a de relevar os papéis ocupados hoje por representantes do Reino Unido. Isto pode esfriar o trabalho conduzido até aqui por Dodds. Por outro lado, a expectativa é de que o rompimento legal entre o Reino Unido e a União Europeia demore pelo menos dois anos para se completar.

No final de semana do GP de Mônaco, o diretor-técnico da Mercedes, Paddy Lowe, falou sobre o tema e previu um impacto pequeno de uma eventual saída sobre o time. “Fizemos uma análise. Um de nossos diretores estudou o assunto porque alguns de nossos funcionários perguntaram como eles deveriam votar. A conclusão foi que não fará muita diferença, seja para a companhia ou para a Fórmula 1 em geral em termos de como conduzimos nossos negócios”, afirmou ele.


Foto: Divulgação/Red Bull

Fonte: Uol
Mais sobre: