Uma visita ao museu do Barcelona comprova: para o clube, ninguém é mais importante do que Lionel Messi. O argentino é o único que conta com um espaço reservado com as glórias em uma demonstração de total valorização. As três Ligas dos Campeões ganhadas no time catalão e os quatro prêmios como melhor do mundo com apenas 27 anos já foram suficientes para ter um espaço particular que nenhum outro grande craque que passou por lá tem. E não foram poucos os estrelados a usarem a camisa azul e grená: Ronaldo, Romário, Maradona, Rivaldo e Cruyff, entre outros.
A visita ao museu do clube dá direito a um passeio pelo estádio. A exposição das conquistas ocorre em ordem cronológica, até que ao final dele, o "Espai Leo Messi" ("Espaço Messi", em catalão) está presente.
A área de 70 metros quadrados reúne itens pessoais do craque, como as quatro Bolas de Ouro (prêmio de melhor do Mundo) e três Chuteiras de Ouro (artilheiro do ano). Há ainda duas mesas interativas em que os visitantes podem ver todos os gols marcados pelo argentino no clube.
"�‰ a primeira vez que dedicamos um espaço único para um jogador. O Messi é algo único para o clube", disse o diretor do museu, Jordi Penas.
Atualmente, o museu do Barcelona é o mais visitado do estado da Catalunha com média de circulação anual de 1.5 milhão de pessoas, à frente dos históricos Museu Dali, em Figueiras (com 1,3 milhão), e do Museu Picaso (com 1 milhão), também em Barcelona. Entre os estrangeiros, os brasileiros estão entre os maiores visitantes atrás de franceses e italianos, explica Jordi.
A entrada do museu é cara, custa 23 euros (R$ 75). Nele, há telas com tecnologia multitouch onde é possível assistir a imagens históricas de conquistas e ver lances de alguns jogadores, com a histórica bicicleta de Rivaldo contra o Valência, em 2001.
No menu interativo "lendas do Barça", Rivaldo aparece como um dos 48 jogadores citados. Os outros brasileiros são: Ronaldinho, Romário e Evaristo de Macedo. Este último de sucesso no clube entre os anos 57 e 62.
Outro atleta destacado no museu é Ronaldo, o único entre os brasileiros com peça exclusiva. São as chuteiras utilizadas na final da Recopa em 97, diante do PSG, em Roterdã, na Holanda, que estão expostas. O camisa 9 marcou o gol do título do Barça na vitória por 1 a 0.
"O Ronaldo jogou pouco aqui né? (uma temporada, 96-97). Só que ele é marcante, o melhor entre os brasileiros que eu já vi jogar", disse o argentino Ramiro Solans, que visitava o museu ao lado do pai, Roberto: "Eu fico com o Ronaldinho. Fez magia no Barcelona".
O acervo de fotos no museu é rico, com imagens correspondentes à cada taça do clube. Outros ídolos como o holandês Johan Cruyff e o búlgaro Hristo Stoichkov também são bastante destacados. Até mesmo o portugues Luis Figo, que trocou o Barça pelo rival Real Madrid, em 2000, aparece como destaque.