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Galvão critica mudança no estatuto da CBF: "Estranhei a forma como foi feita"

Apresentador do "Bem, amigos" acredita que atitude foi desigual. Walter Feldman, secretário geral da CBF, vê processo mais democrático

28/03/2017 10:36

No dia em que o Brasil aplicou uma goleada diante do Uruguai, por 4 a 1, pelas eliminatórias para a Copa de 2018, a CBF aprovou uma mudança no seu estatuto, aumentando o poder eleitoral das federações estaduais. Agora elas terão votos com peso três. Os votos dos clubes das Séries A terão peso 2. E os clubes da Série B terão peso 1. Dessa maneira, se as 27 federações estaduais votarem no mesmo candidato à presidência da CBF, terão 81 votos. Se os clubes se unirem, terão 60 votos, ficando bem abaixo. No "Bem, Amigos", Galvão Bueno não poupou críticas a essa atitude da CBF e pediu mais transparência.

Galvão Bueno (Foto: Reprodução SporTV)
Galvão Bueno pediu mais transparência da CBF(Foto: Reprodução SporTV)

- Criaram uma desigualdade que não me parece correta. É um momento em que a autoestima perdida nos 10 a 1 - sempre digo que é o 7 a 1 para Alemanha e o 3 a 0 para Holanda - começa a voltar. A torcida se empolga, está feliz com a Seleção, com esse trabalho, e a gente escuta que a CBF diz que é um fato mais democrático. Não consigo entender. As federações representam clubes menores. Mas não é o clube que faz a paixão pelo futebol? Não são os grandes clubes que trazem os ídolos? Eu acho que transparência é algo importante nesse momento. O país está precisando de mais transparência. Sei que desagradou os clubes. Estranhei muito a forma como foi feita.

Paulo César Vasconcellos acredita que essa decisão, por significar uma mudança tão significativa, primeiro teria que passar por uma aprovação dos clubes. Ele crê que essa medida vai aumentar ainda mais a desconfiança em cima da entidade.

- Qualquer ação tem que ser discutida antes. Não pode esperar um dia de Brasil x Uruguai para decidir isso. O fato de não ter envolvido os clubes, e com a Federação com poder pleno e contra os clubes, não vai angariar simpatia para a CBF. Uma coisa é a Seleção, e outra é a CBF.

Walter Feldman, secretário geral da CBF, deu sua versão para a mudança no estatuto. Segundo ele, a atitude tornou o processo mais democrático.

- A mudança estatutária é adequada em relação à organização dos times do futebol brasileiro. O futebol representa 27 estados, com suas diferenças, nas suas características, alguns com grandes dificuldades de realizar seus estaduais, com ligas amadoras. O futebol é muito maior do que o eixo Rio-São Paulo, Minas, Rio Grande do Sul e Paraná. O Brasil é um continente, então é necessário ter um equilíbrio no processo de decisão. Quando foi introduzida a participação da Série B,  achamos conveniente manter essa relação. Portanto, com três votos para as federações, dois para Série A e um para Série B, estabelecemos esse equilíbrio. Amplia-se esse processo democrático. A assembleia administrativa é composta pelas federações. Está no estatuto da CBF, assim que se organiza. A participação dos clubes se dá no colégio eleitoral, na escolha da direção da CBF. 

Fonte: SportTV
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