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Fifa libera o uso de óculos em campo para jogadores na Copa

Dados revela que 1 em cada 4 atletas nunca tinha passado por exame de vista com medo de ser eliminado pelos treinadores

01/09/2013 11:57

Uma novidade pode ser o diferencial para alguns craques na Copa do Mundo de 2014 no Brasil: o uso de óculos. Até a Copa 2010 a Fifa proibia o uso de óculos pelos jogadores durante as partidas. Por isso, dos que não enxergavam bem, 64% deixavam de corrigir a visão durante os jogos e 1 em cada 4 atletas nunca tinha passado por exame de vista com medo de ser eliminado pelos treinadores.

�‰ o que mostra um dos poucos estudos desenvolvidos no Brasil com 80 jogadores da FPF (Federação Paulista de Futebol) em idade entre 17 e 22 anos. Realizado pelo oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, o levantamento também mostra que 27 dos entrevistados ou 34% apresentavam algum problema de visão. Desses, só 10 ou 36% entravam em campo usando lente de contato. O restante usava óculos fora dos treinos e partidas.

Entre os anos 1997 e 2006, o ex-jogador holandês, Edgar Davids, atuou usando óculos especiais, confeccionado com um tipo de silicone que não colocava em risco o atleta e nem os demais. Na época, até que acompanhava futebol estranhou quando o ex-volante entrou em campo portando um objeto que não é convencional para a modalidade.

A boa notícia é que o novo livro de regras do futebol 2011/2012, publicado pela Fifa, libera o uso de óculos em campo pelos jogadores desde que o acessório não represente risco para os atletas.

Segundo Queiroz Neto o uso de lentes corretivas pode surpreender os torcedores pela melhora no desempenho dos craques. Isso porque, afirma, a visão responde por 85% de nossa interação com o meio ambiente. O futebol exige bom campo visual e capacidade de enxergar bem em todas as distâncias. Por isso, até a correção de pequenas deficiências visuais pode fazer diferença no desempenho, comenta.

Cirurgia refrativa é mais segura

Para Queiroz Neto, atletas têm motivos de sobra para querer se livrar dos óculos. Isso porque, o suor excessivo pode tornar o uso dos óculos incômodo e as lentes pouco seguras.

O único inconveniente da cirurgia refrativa, observa, é tornar os olhos mais vulneráveis em casos de traumas. Entre jogadores de futebol este risco é minimizado porque os traumas mais comuns no futebol são: lesões na órbita, nas pálpebras ou no globo ocular causadas pela bola ou choque com outros atletas.

Além disso, o médico destaca que a cirurgia hoje é feita inteiramente a laser. Isso permite desgastar menos a córnea. O resultado é o globo ocular menos frágil, corte perfeito, precisão maior e a correção do grau mais previsível. Por ser uma técnica pouco invasiva, no dia seguinte as atividades podem ser retomadas. Para garantir mais segurança aos olhos, o médico diz que devem ser usados óculos de proteção após a refrativa. 

Por: Abdias Neto - Jornal ODIA
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