Além da chegada do técnico Jorge Sampaoli, grande parte da imprensa espanhola considera o diretor de futebol Ramón "Monchi" Vendejo a chave do sucesso do Sevilla, que luta pelas primeiras posições no Campeonato Espanhol. Há 17 anos no clube, ele anunciou sua saída neste último domingo, sem ainda revelar o destino, apesar de muito indicarem que ele irá para o Roma. E, em entrevista coletiva, o dirigente aproveitou para lembrar momentos importantes de sua longa passagem em Sevilha. Para ele, sua principal contratação foi o brasileiro Daniel Alves, que chegou do Bahia em 2003 e foi negociado em 2008 com o Barcelona.

- Essa contratação cumpriu todos os passos que você pode querer. Jogador desconhecido, que teve que se adaptar, demos seu tempo, foi crescendo, nos deu títulos e logo foi vendido. Compramos por 800 mil euros e o vendemos por 35 milhões mais Fernando Navarro - afirmou Monchi, lembrando que a negociação envolveu ainda o lateral-esquerdo espanhol, hoje no Deportivo La Coruña.

^{Atualmente no Juventus, lateral brasileiro de 33 anos segue sendo o titular da posição na Seleção (Foto: Reuters)}

Além do acerto em Daniel Alves, "Monchi" lembrou ainda a frustração com a contratação de Kevin Gameiro, do PSG, pela complicação do negócio e os problemas do próprio jogador no Sevilla até ele se transferir para o Atlético de Madrid, onde joga atualmente. O diretor de futebol revelou que esteve próximo de trazer jogadores que acabaram estourando em grandes clubes, mas por detalhes não foram para o Sevilla. É o caso, por exemplo, do lateral Marcelo.

- De Jong estava em Sevilha já conhecendo a cidade e quando eu viajava de volta para negociar nos disse que ia para o Hamburgo. Com Van Persie, estava eu em Roterdã para assinar com ele, já subia no hotel, e no fim o Arsenal chamou e ele foi para o Arsenal. E Marcelo... foi o Real Madrid que passou e pegou ele para lá - revelou.