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Conselho mantém Edson Menezes no comando do Co-Rio por mais 180 dias

Após o prazo previsto no estatuto da entidade, membros do grupo terão novo encontro para decidir o novo presidente após o afastamento de Carlos Arthur Nuzman

17/10/2017 14:53

Membros do conselho do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio 2016 se reuniram nesta terça-feira no escritório do advogado Sergio Mazzillo no Centro do Rio de Janeiro para discutir a reestruturação da governança da entidade. Havia a expectativa da escolha de um novo nome para assumir a entidade, mas, de acordo com Mazzillo, ficou definido que, a princípio, o vice-presidente Edson Menezes, ex-presidente do Banco Prosper, segue no comando. Ele já vinha conduzindo o Co-Rio com o afastamento temporário de Carlos Arthur Nuzman, envolvido em suposto esquema de compra de votos para a escolha do Rio como sede olímpica no ano passado, e o advogado explicou que, no encontro desta terça, ficou definida a aplicação da regra prevista no estatuto. Ela mantém o Edson Menezes no cargo por mais 180 dias. Depois disso, o conselho vai se reencontrar para a decisão sobre o novo presidente.

- Aplicou-se a regra estatutária, o afastamento temporário do presidente implica que o primeiro vice-presidente assume. Os trabalhos vão continuar. O afastamento de Nuzman é temporário, e o estatuto prevê que nessas hipóteses, a presidência seja exercida temporariamente pelo vice-presidente, que é o Edson Menezes. Não há propriamente uma deliberação a esse respeito, apenas a aplicação da regra estatutária. O Comitê segue em busca da solução definitiva de todos os seus problemas. Notoriamente, o Comitê tem créditos a solver. As soluções estão sendo buscadas e serão encontradas. O assunto não foi alvo de debate, apenas a aplicação da regra. Quanto às demais deliberações, elas constam da ata que, infelizmente, não é pública - comentou o advogado em entrevista ao SporTV.

Ninguém quis se pronunciar após a reunião. O advogado Sergio Mazzillo só aceitou responder a essa pergunta, e ela foi feita enquanto a reunião ainda acontecia. Os membros do conselho saíram do escritório por uma porta lateral do prédio.


Sergio Mazzillo, advogado do COB e do Rio 2016 (Foto: Reprodução / H.B. Cavalcanti e Mazzillo Advogados)

Preso no dia 5 de outubro acusado de ser a ponte no esquema de compra de votos da eleição do Rio de Janeiro como sede dos Jogos de 2016, Nuzman pediu afastamento da presidência do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Co-Rio no dia 7 de outubro. Ele renunciou ao seu posto no COB no dia 11 de outubro, mas não à presidência do Co-Rio, apesar de continuar afastado.

Além de Edson Menezes, primeiro vice-presidente da entidade e que já vinha comandando os trabalhos, há mais quatro membros no conselho que se reuniu nesta terça-feira. Integram o grupo a empresária Luiza Trajano, o ex-jogador de vôlei Bernard Rajzman, Manoel Felix Cintra Neto (ex-presidente da BM&F) e José Antônio do Nascimento Brito (ex-presidente do conselho editorial do "Jornal do Brasil").

Segundo a "Folha de S. Paulo", Luiza Trajano é a preferida dos parceiros do Co-Rio para assumir a presidência da entidade, mas resiste ao convite para suceder Nuzman. Manoel Felix Cintra Neto é a segunda opção. Bernard Rajzman deve se declarar impedido para o cargo, por ser membro do COI. Há ainda a possibilidade de o conselho operar a entidade sem a figura de um presidente.

O Comitê Organizador da Rio 2016 trabalha para a dissolução da entidade, principalmente na quitação das dívidas. No contrato firmado com o COI na eleição de 2009, uma cláusula obriga judicialmente a Prefeitura do Rio de Janeiro e o Governo do Estado a bancar o déficit da Olimpíada após a dissolução do Co-Rio, que está programada juridicamente para 2023.

Fonte: Globo Esporte
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