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"Como dirigir um ônibus", prevê Hamilton sobre pilotar os carros de 2018

Crítica do britânico se dá ao menor número de motores disponíveis para próxima temporada em relação a este ano, que cai de quatro para apenas três unidades de potência por piloto

16/11/2017 11:46

Quando a Fórmula 1 adotou os motores híbridos-turbo, em 2014, o número máximo de unidades de potência disponível era de cinco por piloto ao longo da temporada. Em 2017, o número caiu para quatro, fazendo com que diversos pilotos fossem punidos por exceder o limite. Só que em 2018 a restrição será ainda maior, com cada competidor tendo apenas três unidades de potência disponíveis para toda a temporada, que terá 21 corridas - uma a mais que este ano. E o número reduzido de motores tem deixado Lewis Hamilton preocupado com o modo que precisará guiar seu carro para não desgastar as peças e estourar o limite imposto.


 Número reduzido de motores tem deixado Lewis Hamilton preocupado com o modo que precisará guiar seu carro. Foto: Reprodução/Getty Imagens

"Com certeza será pior. Teremos de pilotar igual no endurance (campeonato de corridas de longa duração). Já temos a limitação do combustível. Com a chegada do Halo será como dirigir um ônibus. Os carros serão pesados como na Nascar, as distâncias de frenagens serão maiores. Isso não é o que queremos como pilotos. Não estaremos usando o máximo do nosso potencial", afirmou em entrevista ao veículo "Tuttosport".

Christian Horner, chefe da RBR, é um dos maiores críticos do atual regulamento de motores. Em uma entrevista após ao GP da Itália, Horner criticou duramente a regra que surgiu para diminuir os custos dos times, mas que ele crê ter feito exatamente o oposto.

"Creio que estes motores não trouxeram nada de positivo para a F1 desde que foram introduzidos. O que mais me preocupa é o fato de irmos para três motores no ano que vem. Tentei mudar isso em um encontro que tivemos no início do ano, mas não tive apoio. Tenho esperança que isso possa mudar após diversos times começando as corridas no fundo do grid em função das punições. O fato é que o limite de motores foi uma ideia para diminuir os gastos dos times, fazendo com que equipes com menos recursos pudessem se aproximar das escuderias mais ricas. Contudo, a iniciativa acabou tendo o efeito contrário, já que, para não serem punidos e exceder os limites de motores, os times precisaram criar peças mais duradouras e testá-las exaustivamente nos dinamômetros", disse.


Horner criticou duramente a regra que surgiu para diminuir os custos dos times, mas que ele crê ter feito exatamente o oposto. Foto:Reprodução/ Getty Images

O chefe da RBR acredita que cinco talvez seja o número ideal para que as punições não atrapalhem o andamento do campeonato. "O propósito de limitar o número de motores era para economizar dinheiro, mas é claro que isso não está acontecendo. Continuamos usando os motores da mesma maneira e levando punições. Talvez tenhamos que achar o número certo. Talvez cinco seja o número certo, em vez de quatro caminhando para três", ressalta.

Fonte: Globo Esporte
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