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Com moral, Natália vira capitã da seleção: "Vou tentar dar o melhor exemplo"

Elogiada por Zé Roberto, ponteira ganha responsabilidade após boa temporada no exterior: "Vamos tentar ajudar as meninas mais novas da melhor maneira possível"

27/05/2017 10:40

Não faz muito tempo, e Natália era a novata. Encarada como principal promessa do vôlei nacional, foi preparada para ser referência. Ouro nos Jogos de Londres, logo viu a responsabilidade crescer. Agora, no início do novo ciclo olímpico, porém, seu papel ganha ainda mais força. O sorriso é o mesmo, mas, elogiada pela forma física e pela personalidade, ganhou de José Roberto Guimarães a missão de assumir o posto de capitã da seleção.

Natália vai assumir o lugar que foi de Fabiana, que deixou a equipe nacional após os Jogos do Rio, no ano passado. Com a ausência de outras jogadoras importantes, como Dani Lins e Fernanda Garay, aparece, mesmo aos 28 anos, como mais experiente da equipe. Por isso, terá a missão de ajudar as novatas no caminho até Tóquio 2020.

No lançamento dos novos uniformes da seleção brasileira, Natália foi alvo de elogios de Zé Roberto. Após sua primeira temporada no exterior, com a camisa do Fenerbahçe, se apresentou mais magra e mais experiente, depois de ter disputado alguns dos torneios mais difíceis do mundo, como o Campeonato Turco e a Liga dos Campeões.

Natália em ação no lançamento dos uniformes da seleção (Foto: Daniel Zappe/MPIX/CBV)

- Receber elogios do Zé é sempre muito importante e motivador. Esse ano é diferente. É o primeiro ano do ciclo olímpico, algumas jogadoras saíram da seleção, temos muitas caras novas. Não só eu, como outras meninas mais experientes. Ainda não teremos Dani Lins e Fernanda Garay nesse início de ciclo, Thaísa teve alguns problemas físicos, mas todas vão estar no ano que vem. Temos Adenízia e Tandara. Vamos tentar ajudar as meninas mais novas da melhor maneira possível, tentar passar a experiência desses anos que temos de seleção. Acho que vai ser um ano bem bacana para nós. Com a chegada das meninas mais novas, elas vêm com um gás diferente, é tudo novo para elas. E nós também ficamos motivadas.

Por enquanto, pouca coisa mudou. Natália diz que o posto de capitã se torna ainda mais importante dentro de quadra. Por isso, espera servir de referência para as mais novas.

- Capitã tem de resolver coisas de planejamento, com horários. É muito importante para dentro de quadra. Eu, no Fenerbahçe, precisei assumir bastante coisa por ser estrangeira. Acho que é muito importante dentro de quadra, dar o respaldo para as meninas. E, fora de quadra, vou tentar dar o melhor exemplo possível e ajudando no que precisar. Vou continuar fazendo o que sempre fiz, sempre gostei de ajudar os mais novos. Fico feliz pelo Zé ter confiado em mim por essa posição e espero responder à altura.

Natália Drussyla seleção vôlei (Foto: Daniel Zappe/MPIX/CBV)

Aposta do técnico logo ao começar sua carreira, Natália sempre fez os olhos de Zé brilharem. Mas, depois da temporada fora do país, a postura da jogadora impressionou ainda mais o técnico.

- A capitã do torneio de Montreux vai ser a Natália, que é a mais experiente, olha só. Mais experiente, mais velha de seleção. Ela voltou mais magra, com uma visão diferente, por ter jogado vários campeonatos diferentes, com jogadoras diferentes, outros países, ter aprendido outra língua. Vejo com a autoridade modificada. Vejo a Natália com uma postura diferente. Ela já assumiu uma postura diferenciada. Porque, antes, era a mais nova, aquela com quem todo mundo tinha cuidados. Agora, ela que tem de cuidar das outras. Eu a vejo completamente mudada de quando a conheci, quando ela começou aos 16 e passou por todo aquele processo que ela passou. E, agora, começando um novo ciclo com outra postura, mais adulta.

Os quilos a menos também foram comemorados pela jogadora. Ainda que não se veja tão mais magra assim, diz que a mudança deve melhorar ainda mais seu desempenho em quadra.

- Eu voltei mais magra. Estou sempre me olhando no espelho e não estava achando assim, mas todo mundo falou que eu estava. Fico feliz de atingir cada vez mais meu objetivo físico e espero que isso possa me ajudar cada vez mais durante o ano para poder corresponder dentro de quadra também.

MVP das finais do Campeonato Turco, Natália se destacou no exterior logo em sua primeira temporada. Campeã com o Fenerbahçe, criou forte vínculo de amizade com a sul-coreana Kim. Com contrato renovado por mais um ano, a brasileira diz que a experiência a fez crescer dentro e fora de quadra.

- É muito diferente. Tive a oportunidade de jogar com a Kim, que é uma jogadora excepcional, tanto dentro de quadra quanto fora. Tive a chance de fazer uma grande amizade com ela. Aprendi muito. O nível lá fora está muito alto, muitas estrangeiras jogando lá. Dentro de quadra, você acaba crescendo com as dificuldades do campeonato. E é, também, uma experiência de vida nova. Você acaba tendo de se virar sozinha, cada dia uma novidade. Foi uma experiência maravilhosa.

Fonte: Globo Esporte
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