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Amanda luta contra Valentina Shevchenko para manter o cinturão

Desde que cancelou o combate em julho, hora antes do evento, alegando estar doente, a baiana despertou a insatisfação de Dana White

09/09/2017 10:29

Neste sábado (9), Amanda Nunes defende o cinturão do peso galo feminino do UFC contra Valentina Shevchenko no UFC 215, em Edmonton (EUA), tentando manter o título que há mais tempo pertence a um competidor do Brasil em meio à irritação da diretoria da organização. Desde que cancelou o combate em sua data original, em julho, hora antes do evento, alegando estar doente, a baiana despertou a insatisfação de Dana White e companhia.
Amanda é a dona do cinturão desde julho do ano passado, quando tirou o título das mãos de Miesha Tate em vitória por submissão. Na oportunidade, a lutadora vinha de três vitórias seguidas, a última delas conquistada justamente sobre Shevchenko. Meses depois, em dezembro, conseguiu a primeira defesa ao vencer Ronda Rousey por nocaute técnico.

A segunda defesa de título deveria ter acontecido em julho deste ano, no UFC 213, quando Amanda voltaria a enfrentar Shevchenko. A brasileira, no entanto, alegou que estava com sinusite para desistir do combate horas antes de seu início.
Agora, Amanda dividiria o posto de luta principal do UFC 215 com o combate entre Demetrius Johnson e Ray Borg. A brasileira acredita que se trata de uma espécie de represália pelo ocorrido meses antes.
"Com certeza sinto que estão me punindo. Poderia ter sido a luta principal ou a primeira luta do card, e eu lutaria do mesmo jeito. Vou subir no octógono e defender meu cinturão. Não tenho problema em dividir a luta principal. Vou manter meu cinturão, ir embora, ir para minha casa, tomar uma cerveja e curtir com minha namorada, meus amigos e minha família", declarou a brasileira, na última quinta-feira (7), em entrevista coletiva concedida por telefone.
A questão é que dessa vez não foi ela que cancelou um combate em cima da hora. Borg, que dividira o holofote principal com a brasileira ao lutar contra Demetrius Johnson, teve de desistir de sua luta por estar doente, o que voltou a elevar o combate da baiana ao status de principal.
A situação de Amanda foi motivo de troca pública de farpas com Dana White, presidente do UFC. Logo após o cancelamento da luta no UFC 213, o dirigente afirmou que a lutadora estava "clinicamente bem".
"Ontem ela começou a passar mal, então a levamos para o hospital. Os médicos fizeram uma completa avaliação nela, e ela estava clinicamente bem para a luta. Ela pesou, foi para a cerimônia de pesagem e voltou para casa", disse Dana, em entrevista à emissora americana "ESPN".
"Nesta manhã, Nunes ligou de novo e falou que não se sentia bem. Então levaram ela novamente ao hospital e iniciaram uma bateria de exames, e ela disse que não queria lutar. Ela não estava se sentindo bem e disse que não queria lutar. Ela estava clinicamente bem, foi examinada e tudo estava bem, mas ela disse que não se sentia bem", completou.
No dia 31 de agosto, em sua primeira coletiva após o cancelamento, Amanda afirmou que não estava chateada com Dana, mas o desmentiu. Segundo ela, o médico do UFC confirmou que ela sofria de crise de sinusite no dia do combate.
"Não fiquei chateada. O que o médico do UFC passou para ele foi quase isso. Voltei para o UFC e fiz exames, e ele descobriu um fluido na parte da minha sinusite crônica. Foi isso. Não estava conseguindo, não tinha feito nada para os fluídos saírem. O Dana White falou o que ele pensa, ele é o dono do show, fala o que quiser. Faço meu trabalho. Já remarcaram a luta. É entrar lá e voltar com o cinturão de novo", relatou.
O tema também foi motivo para provocação de Shevchenko, que afirmou não confiar na versão de Amanda.
"Eu não acredito nessa história de sinusite e essas coisas. Eu simplesmente não acredito. O verdadeiro motivo para ela ter pulado fora, eu acho, foi que ela perdeu muito peso em 24 horas e estava se sentindo fraca. É o verdadeiro motivo", disparou.
Na primeira luta entre as duas, em maio de 2016, Amanda venceu Shevchenko por decisão unânime dos árbitros.

Fonte: Folhapress
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