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Rodrigo Santoro e Jack Huston lançam 'Ben-Hur' em São Paulo

Brasileiro, que interpreta Jesus, se emocionou ao falar de crucificação. Refilmagem do filme de 1959 estreia em 18 de agosto no Brasil.

03/08/2016 11:05

Os atores Rodrigo Santoro e Jack Huston participaram de entrevista coletiva nesta terça-feira (2) em São Paulo para lançar "Ben-Hur", refilmagem da superprodução de 1959 ganhadora de 11 estatuetas no Oscar. No remake, o brasileiro interpreta Jesus Cristo.

Ao falar da crucificação, Santoro ficou emocionado, teve de interromper a resposta e falou com a voz embargada. "Foi uma cena fortíssima, eu nunca vou me esquecer. Depois eu congelei, não me lembro do que aconteceu", disse Santoro. "É uma sensação indescritível estar pregado numa cruz e tendo de dizer aquelas coisas."

Depois da resposta, Rodrigo ainda brincou: "Só não vale colocar 'Rodrigo se emociona na coletiva'". Ele citou ainda que Huston, ao seu lado, estaria se coçando de constrangimento. "Eu sou uma pessoa emotiva, para o bem e para o mal, filho de italiano, mas neste caso é porque quando me lembro [da cena da crucificação]... Vem o mundo, literalmente."

Perguntado sobre os aprendizados que tirou do trabalho, Santoro respondeu: "Nossos softwares estão tentando se adaptar e entender o que está acontecendo, porque é tanta violência, que a gente não consegue falar dela. Claro que filmes assim fazem refletir sobre todos esses valores que são essenciais na vida de todo mundo. Quando alguém te fecha no trânsito, você fica louco. Como dar a outra face, como fazer isso? Tentei bastante quando me preparei para fazer esse personagem, e me deparei com os limites da minha própria humanidade".

Ele disse que tentou "trabalhar para evoluir" e "acreditar que é preciso fazer o bem". "Isso é transformador, um exercício. Não estou dizendo que virei o Dalai Lama, não tem nada a ver com isso. Tem a ver com a direção que procuro. E sei dos meus defeitos."

Jesus mais acessível
De acordo com ele, o Jesus Cristo interpretado por ele em "Ben-Hur" é "um Jesus mais acessível, mais misturado entre as pessoas, dando mais o exemplo do que pregando".

Sobre a possibilidade de estrelar um filme no papel, mas como protagonista, disse que "seria uma experiência incrível. "Não tenho um projeto, não estou pensando. Mas faria, sim."

Sobre comparações entre este novo "Ben-Hur" e a superprodução de 1959, Huston afirmou que a releitura é "uma construção grandiosa", mas de "estilo teatral mesmo, mais de palco". "Nós concentramos muito mais na modernização do estilo de atuar, talvez mais relacionado com esse novo público, e nós concentramos nos elementos de ação do filme, porque queríamos que fosse mais chamativo e que as coisas fossem mais realistas."

O britânico Huston vive o protagonista, Judah Ben-Hur, papel originalmente feito por Charlton Heston (1923-2008). Na releitura, Judah é o princípe de uma nobre família judia e é bastante próximo de seu irmão de criação, o romano Messala (Toby Kebbell). Eles se afastam depois de Messala, já ocupando o alto escalão do exército de Roma, retorna à terra onde cresceu e se desentende com a família que o adotara e com o irmão.

Morgan Freeman no elenco
Injustamente acusado de traição pelos romanos, Judah Ben-Hur sobrevive a anos de escravidão para se vingar de Messala. Com direção de Timur Bekmambetov ("O procurado", "Abraham Lincoln: Caçador de vampiros"), "Ben-Hur" também tem em seu elenco Morgan Freeman como Ilderim, Nazanin Boniadi como Esther, Sofia Black D’Elia como Tirzah, Ayelet Zurer como Naomi, Moises Arias como Gestas e Pilou Asbæk como Pôncio Pilatos.

Baseado no romance de Lew Wallace, "Ben-Hur: Uma narrativa de Cristo", o filme tem roteiro de Keith Clarke ("O verão da minha vida") e John Ridley ("12 anos de escravidão").

Fonte: G1
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