Se o Oscar deixasse, Alê Abreu rejeitaria o smoking e iria à cerimônia do dia 28 de fevereiro usando uma camiseta listrada vermelha e branca. Mas o diretor de "O menino e o mundo", primeira animação brasileira indicada ao prêmio máximo de Hollywood, reconhece que o código de vestimenta deve proibir o traje de guerrilha, inspirado na roupa do protagonista de seu filme. "Acho que não pode, né?", ri em entrevista ao G1 em um cinema de São Paulo.
Uma das atribuições do diretor na campanha ("não vamos economizar esforços") pela vitória é não falar mal da concorrência. Nem sempre ele consegue. É generoso com os quatro adversários ("gostei desta seleção"), mas eventualmente desobedece a ordem e se permite criticar, especialmente o (suposto) favorito, "Divertida Mente". Já disse que "é bom, mas não é ótimo".
"É um filme que ousa muito mais que os outros da Pixar, dá um passo além. Mas tem coisas que você fala: 'Poxa...'. Mostrar a Alegria como uma menininha loirinha bonitinha e a Tristeza como uma gordinha de óculos – isso não é legal", comenta Alê Abreu. Leia, a seguir, os principais trechos da conversa.
Fonte: G1