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No embalo de Pabllo Vittar, novas divas invadem a cena musical brasileira

Divas deixam a dublagem de lado e chutam o preconceito soltando a voz com muito funk, pop e hip hop

25/11/2017 12:01

Se no campo da música o ano de 2016 foi marcado pelas novas divas sertanejas, 2017 vai ser lembrado como o ano em que uma drag queen chegou ao topo das paradas. O sucesso de Pabllo Vittar acabou jogando luz sobre uma nova cena LGBT, em que nomes como Mulher Pepita, Gloria Groove, Lia Clark e Aretuza Lovi deixam a dublagem de lado e chutam o preconceito soltando a voz com muito funk, pop e hip hop.

Lia Clark, Aretuza Lovi, Gloria Groove e Mulher Pepita: vozes da cena LGBT
Lia Clark, Aretuza Lovi, Gloria Groove e Mulher Pepita: vozes da cena LGBT Foto: Reprodução/Instagram


Mulher Pepita está com a agenda de shows lotada
Mulher Pepita está com a agenda de shows lotada Foto: Reprodução/Instagram

Mulher Pepita

Aos 37 anos, a travesti Mulher Pepita bomba com o funk “Uma vez piranha”, cujo clipe recém-lançado tem mais de 300 mil visualizações. Nascida em Marechal Hermes, começou a transformar seu corpo entre os 15 e 16 anos, com hormônio. Há cerca de um mês e meio, trocou as próteses de silicone. “Não sou diva, sou uma militante que planta a semente do respeito”, avisa Pepita, que antes de ser cantora era dançarina. A agenda anda lotada (deu até palestra na USP). Depois de shows em Uberlândia e Goiânia, ela volta ao Rio nesse sábado, no Pipper Club, “com muito funk, close e pinta”.


Gloria Groove começou a cantar aos 7 anos de idade e já atuou na novela “Bicho do mato”
Gloria Groove começou a cantar aos 7 anos de idade e já atuou na novela “Bicho do mato” Foto: Reprodução/Instagram

Gloria Groove

Já a drag Gloria Groove, de 22, começou cedo na carreira artística, com o nome artístico de Daniel Garcia. Aos 7 anos, ganhou um concurso no “Domingo legal” de Gugu Liberato para integrar o novo Balão Mágico. Aos 10, depois de lançar um CD gospel, foi calouro mirim no “Programa Raul Gil” e depois integrou o elenco da novela “Bicho do mato”, na Record, em que vivia Ruizinho. O lado ator continua em ação: ele é dublador de filmes, séries e desenhos.

De boné azul, Daniel (Gloria Groove) integrou o grupo Balão Mágico
De boné azul, Daniel (Gloria Groove) integrou o grupo Balão Mágico Foto: Reprodução/Instagram

Em sua conta no Instagram, Gloria costuma postar fotos de “cara limpa”. “Eu não me monto para me esconder. Gloria não é uma personagem, ela levanta a potência do Daniel”, afirma. O ano de 2017 ficará marcado. Com uma coleção de perucas de várias cores - você pode cruzar com ela ruiva ou morena num piscar de olhos -, a artista ganhou o troféu de revelação da música no Prêmio Jovem Brasileiro e posou para um ensaio na revista Vogue. Para coroar, ela lança na próxima semana o clipe de “Muleke brasileiro”, “um hip hop pop”.

Lia e Aretuza: louras contra o preconceito

A funkeira Lia Clark, por sua vez, mantém uma loja virtual, onde vende de capinha para celular a camisetas e bonés com frases como “Aceita eu sou gostosa” e “Não tenho dó nem piedade”. Lia tem mais de 3,5 milhões de visualizações do clipe de “Trava, Trava”. Já Aretuza Lovi chegou a mais de 5 milhões de views com “Catuaba”, em que divide o microfone com Gloria Groove. “O sucesso da Pabllo ajudou a abrir portas. Unidas, temos mais força para combater o preconceito”, festeja Gloria.

Aretuza Lovi divide o microfone com Gloria Groove no hit “Catuaba”

Fonte: Extra
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