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Feministas do Lollapalooza falam sobre ir para as ruas e lutar por direitos

Em entrevistas ao G1, MØ, Melanie Martinez, Nikki Monninger e Tegan Quin comentam importância das marchas e de se envolver com o feminismo.

24/03/2017 11:20

Melanie Martinez, Nikki Monninger (do Silversun Pickups), Tegan Quin (do Tegan and Sara) e MØ são atrações do Lollapalooza 2017 (Foto: Divulgação)
Melanie Martinez, Nikki Monninger (do Silversun Pickups), Tegan Quin (do Tegan and Sara) e MØ são atrações do Lollapalooza 2017 (Foto: Divulgação)

Dos104 artistas escalados para o Lollapalooza deste ano, só 10 são mulheres. Sim, é isso mesmo que você leu. Mas mesmo assim, há mulheres fortes, que representam uma música pop politizada e nada "careta" na programação do festival.

Baixista do Silversun Pickups, Nikki Monninger cita as influências básicas de roqueiras: as duas Kims (Gordon, ex-Sonic Youth, e Deal, ex-Pixies e Breeders). Mas, sobre mulheres em bandas, o recado básico dela é:

"Sempre gostei de vê-las no palco e é um prazer ver mulheres baixistas por aí. Eu gostaria de ver mais mulheres tocando por aí, especialmente quando eu vou a festivais."

A dinamarquesa MØ é a voz de "Lean On", gravada com o trio Major Lazer. A música mais tocada por streaming em 2015 soma mais de 1 bilhão de views no YouTube. Ela diz representar um "pop alternativo", menos certinho do que o de safras anteriores. E mais politizado, é claro:

"Temos uma plataforma para sermos honestos e nos envolvermos nessas situações difíceis. É importante tentar fazer algo nesses momentos complicados, especialmente nos Estados Unidos. Mas termos que ir além das redes sociais, ir para as ruas, fazer algo mais físico. Todo mundo grita muito, mas só nas redes sociais. Temos que nos envolver além disso."

Tegan faz dupla com sua irmã Sara e tem seu discurso tão calibrado quanto sua sonoridade:

"A homofobia e o sexismo são sistêmicos e precisamos nos envolver mais. Andamos tão ocupados assistindo Netflix, bebendo e fazendo nada que a gente se esquece que temos que estar mais envolvidos..."


As irmãs gêmas Tegan e Sara tocam no Lollapalooza 2017 (Foto: Divulgação) As irmãs gêmas Tegan e Sara tocam no Lollapalooza 2017 (Foto: Divulgação)

Elas já divulgaram um texto em que falavam da pouca quantidade de mulheres entre os indicados do Juno Awards (o Grammy canadense). Mas elas queriam a discussão, não o confronto:

"São poucas mulheres que trabalham com produção. Então, jovens mulheres acabam tendo menos interesse. Temos que criar programas que encorajem jovens mulheres a tentar ir para essas posições mais técnicas. Na nossa turnê, uma das coisas que Sara e eu fizemos é ter 50% da equipe formada por mulheres: engenheiras, chefe de produção, chefe de turnê..."

Melanie Martinez surgiu no "The Voice" dos EUA, com um pop performático. Ela foi à Marcha das Mulheres, em janeiro, na cidade de Los Angeles...

"Todos deveriam defender mulheres, negros, qualquer pessoa que precisa, cuidar um do outro. Coisas como a Marcha das Mulheres são tão importantes. Eu fui e foi muito inspirador".

Melanie Martinez (Foto: Divulgação)
Melanie Martinez (Foto: Divulgação)

Fonte: G1
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