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Deborah Secco posa com filha pela primeira vez e faz relato sobre a maternidade

Capa da #glamourdemaio (oba, mês das mães!), Deborah faz um relato sensível e corajoso da experiência mais incrível da sua vida

29/04/2016 09:51

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Deborah Secco e Maria Flor na capa da #glamourdemaio (Foto: Isabel Garcia)

“É como se eu tivesse aberto mão de mim. É confuso e intenso, senti uma tristeza. Mas tudo se ajeita, e o amor só cresce...”, desabafa Deborah Secco, na entrevista pra sua primeira capa de revista com a pequena Maria Flor. Para ela, romper com idealizações e cobranças é serviço de utilidade pública! Pois o que você está lendo agora é bem isso: um relato sensível, corajoso e sincero da experiência mais incrível da vida dela... #somostodosDeborah, agora mais que nunca!

GLAMOUR: Você posou pela primeira vez com a Maria Flor... A gente queria agradecer a preferência ;-)
DEBORAH SECCO: É que eu sempre quis fazer Glamour, fiquei feliz que deu certo! E minha primeira capa tinha que ser a primeira capa da vida da Maria também. É a revista que
eu mais leio e com a qual mais me identifico.

G: Como está essa família que nasceu junto com a Maria Flor?
DS: Um grude. Bom, eu sempre fui uma pessoa carente e grudenta. Graças a Deus, encontrei um homem que é o dia inteiro “eu te amo”, “não vivo sem você”, “cadê você?” [o baiano Hugo Moura]. E a gente transmite isso pra Maria. Ela acorda e já levamos pra nossa cama. Optamos por não ter babá agora justamente pra viver a maternidade e a paternidade de maneira intensa. Daqui a pouco vou voltar a trabalhar e precisarei de ajuda, mas por enquanto estamos super dando conta. 

G: Sério? Vocês se revezam nos cuidados, é isso?
DS: Minha mãe ajuda bem. E Hugo e eu fizemos cursinho pra aprender a trocar fralda, isso tudo. Uma coisa legal que fazemos desde que chegamos da maternidade é dar banho nela no chuveiro. Como não consegui amamentar muito tempo, porque não tive leite e depois
enfrentei uma mastite [inflamação da mama] bem chata, acho uma delícia criar nosso vínculo agarradinhas no chuveiro. É um laço afetivo muito lindo que se forma nesses momentos. No mais, tento criar sem dramas. 

G: O primeiro mês com um bebê é o mais, digamos assim, desafiador. Como foi pra você?
DS: Complicado. Ninguém me avisou que a criança não dá amor no primeiro mês! Ainda mais no meu caso, que não amamentei. Sentia que qualquer pessoa que estivesse ali trocando fralda, dando banho e mamadeira, pra ela estava bom. É uma dedicação absurda, o bebê demanda de três em três horas cronometradas. Aí você sente que dá muito e não recebe nada em troca. É frustrante.

G: Sua gravidez foi bacana?
DS: Fui uma grávida muito chata. Tive muita oscilação de humor. Fiquei muito carente e chorosa. O Hugo falava que 24h não eram suficientes pra mim, eu queria mais dele e de todo mundo. Basicamente, fiquei como na TPM, só que por nove meses [risos]. Mas também tem
uma parte linda: quando o bebê mexe dentro da barriga. Disso sinto falta, de saber que ali ela era só minha.

G: É muito louco o papel do pai nessa primeira fase, né?
DS: Muito! Mas, olha, o Hugo me surpreendeu demais. Ele é jovem [26 anos] e se mostrou mais maduro que eu. Ter ele ao lado me deu tanta força. Hugo me disse todos os dias da gravidez que eu estava linda – eu sabia que eu não estava linda, sabe assim? Duvido que uma grávida se sinta linda, como algumas dizem por aí. É delicioso sentir o bebê, claro, mas linda, linda... isso não.

G: Foi uma gestação planejada?
Não. Parei de tomar pílula pra congelar meus óvulos, porque todas as minhas amigas estavam com dificuldade de engravidar, e o médico falou que o ideal era congelar com 35. Pra fazer o procedimento, tinha que ficar durante seis meses sem anticoncepcional. Aí, por causa de uma camisinha furada, Maria nasceu.

G: Você lembra o dia em que ela foi concebida?
DS: 28 de março de 2015. Eu estava no meu primeiro dia fértil. Coloquei as pernas pra cima porque dizem que isso aumenta as chances de ser menina. Aí a gente ficou um tempão brincando: “Será que Maria já está aqui?”.

G: E seu parto, Dé, foi do jeito que você queria?
DS: Ela nasceu de 37 semanas, em São Paulo. A bolsa estourou às 2h da madrugada! Liguei pra minha melhor amiga, que é médica e dava plantão no Einstein, e corremos pra lá. Fiquei 6 horas em trabalho de parto, tudo caminhando pra um normal, mas detectaram que havia mecônio [fezes do bebê] no meu líquido amniótico. O médico falou que ia ter que abrir em dez minutos. E a gente seguiu pra sala de parto, o Hugo junto. Foi realmente o momento
mais emocionante da minha vida. Fiquei eufórica nas quatro horas seguintes ao parto.

G: Estava tudo pronto quando ela nasceu?
DS: Ah, sim... mas também: eu não tinha mais nada pra fazer da vida... Nunca tinha ficado sem trabalhar. Acho que foi um dos motivos da minha tristeza. Porque eu estava gravando muito [quando descobriu a gravidez, Deborah gravava "Verdades Secretas". Ela acabou deixando a trama, e o papel de Carolina ficou com Drica Moraes] e tive que parar de
repente. Você fica meio à toa...

G: Você se cobra muito pra ser uma mãe perfeita?
DS: Vou ser a melhor mãe do mundo pra Maria porque sou a única. Vou tentar sempre ser o melhor que posso, mas vou errar, sou humana.

Fonte: Glamour
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