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Traçando um panorama histórico das origens da música nacional com suas mais variadas vertentes, acontece na próxima quarta-feira (30) o primeiro show do projeto "Caminhos da Música Brasileira".
O espetáculo tem como base o livro "Árvore da Música Brasileira", de Guga Stroeter, a ser lançado ainda esse ano pela editora Sesc. A obra traz 1500 nomes que se ramificam do maxixe ao funk carioca e contará com a colaboração de textos de importantes nomes do cenário musical nacional.
"Nesse primeiro show a ênfase são as raízes da nossa música. Vamos falar do folclore e da música de concerto dentro formação dessa árvore genealógica. Depois vem samba, bossa nova, MPB, tropicália, música brega, rock...", diz Maísa Monjardin, sobrinha da cantora Maísa e idealizadora do projeto.
A primeira apresentação contará com Arrigo Barnabé, Ná Ozzetti, Paula Lima, Sander Mecca, Thaíde, Thiago Pethit, Walter Franco e Geo, que cantarão com a Orquestra Heartbreakers.
"Buscamos artistas de diferentes gerações e estilos musicais para sair do óbvio, quebrar a expectativa das pessoas. Queremos que o público veja um tipo de espetáculo que nunca vão ver em outra ocasião", explica Monjardin.
Além da apresentações, uma projeção em video mapping preencherá o teatro com imagens referentes à história de cada música, enquanto a voz do rapper Thaíde contextualizará suas origens.
O texto falado aborda curiosidades importantes sobre músicas que vão desde "Asa Branca" -canção folclórica popularizada por Luiz Gonzaga mas de autoria desconhecida, tocada originalmente pelos bailes do sertão de Pernambuco-, até a história do famoso refrão "ah, eu to maluco", comumente cantado em estádios de futebol e até por deputados durante reuniões conturbadas no Congresso.
"Buscamos músicas que tenham história. Entendendo que contexto provocou uma canção específica que cantamos automaticamente, porque faz parte da nossa cultura, podemos investigar os diferentes momentos da música brasileira. É essa identificação que a gente busca", diz Stroeter, que também é diretor musical do projeto.
Segundo Monjardin, todos os ensaios e apresentações serão filmados para, posteriormente, ser produzido um documentário. Ela afirma que pretende manter as redes sociais do projeto ativas com o objetivo de interagir com os internautas.
"Queremos ser um canal nas redes sociais, uma porta de entrada ou de armazenamento de conteúdo de música brasileira. Queremos contar, guardar e resgatar a história da nossa música", explica.
Fonte: Folhapress