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'A Lagoa Azul' completa 35 anos; veja curiosidades do filme

Filme estrelado por Brooke Shields virou clássico da 'Sessão da tarde' e foi considerado polêmico na época do lançamento em 1980.

05/07/2015 13:24

"A Lagoa Azul" estreou em 5 de julho de 1980 e revelou Brooke Shields, na época com 14 anos, para o mundo. O filme, que não fez sucesso com a crítica, narra a história de dois primos, Richard e Emmeline, que sobrevivem a um naufrágio no Oceano Pacífico e precisam aprender a sobreviver em uma ilha. O amor entre os dois é o tema principal do longa, que virou um fenômeno da cultura pop em todo mundo e um clássico da "Sessão da tarde" por aqui.

Veja abaixo algumas curiosidades sobre o filme:

Polêmica
Brooke Shields tinha apenas 14 anos quando fez o filme. Seu parceiro em cena, o ator Chistopher Atkins já tinha 18. Como no filme os personagens passam boa parte do tempo com pouca roupa e se envolvem em uma relação amorosa, seu lançamento causou muito burburinho.

A jornalista americana Rona Barret chegou a comparar o filme à pornografia infantil. A atriz e a equipe do filme sempre garantiram que ela usava dublês de corpo para cenas de nudez e tinha sempre seus seios cobertos por seus cabelos - eles colaram os fios de uma peruca no corpo da atriz- nas gravações.

Sucesso de público
Os críticos detestaram "A Lagoa Azul" e Brooke Shields foi até indicada ao prêmio de Pior Atriz na primeira edição do prêmio Framboesa de Ouro, que premia os piores filmes - uma espécie de Oscar às avessas. Apesar disso, o público lotou os cinemas da época para ver o romance na ilha paradisíaca e o filme arrecadou mais de US$ 58 milhões nos EUA, sendo o nono filme mais visto do país naquele ano.

Você pode visitar a ilha
O filme foi filmado em Fiji na ilha Turtle e o local é aberto a visitação do público. Isso, é claro, se você puder pagar. A ilha é particular e pode acomodar apenas 28 pessoas por vez, em 14 praias privativas.

As tarifas não são divulgadas no site do local, mas incluem passeio de barco para ver o pôr do sol na "lagoa azul", piquenique na praia, bebidas e refeições incluídas, praia privativa e performances culturais da ilha.

Nove espécie de iguana
O filme ajudou um biólogo a descobrir uma nova espécia de iguana. Enquanto assistia ao longa, John Gibbons reparou em uma iguana diferente. O cientista viajou até a ilha e em 1981 publicou na revista "New Scientist" que havia descoberto uma colônia da espécie Brachylophus vitiensis.

Sem glamour
O elenco filmou em condições bem adversas. Durante uma entrevista a Oprah Winfrey, Christopher, que viveu Richard, contou que a vida na ilha não era fácil: "Não tinha água e não tinha lugar onde viver". O elenco e a produção passaram cinco meses no local morando em tendas.

Romance fora do set

Na tentativa de fazer os protagonistas desenvolverem uma química boa em cena, o diretor Randal Kleiser colocou uma foto de Shields perto da cama de Atkins. Deu tão certo que os dois tiveram um romance fora das telas, mas que não durou muito.

Em entrevista à revista "People", em 1980, Atkins disse: "Brooke se cansou de mim. Ela achava que eu levava a carreira muito a sério. Eu sempre estava concentrado para fazer as cenas e ela preferia ficar com a equipe fazendo piadas."

Adaptação para as telas
O filme não é um roteiro feito para o cinema, mas sim uma adaptação de um livro de 1908 do escritor Henry De Vere Stacpoole. Além do filme que ficou famoso, "A Lagoa Azul" teve mais duas adaptações para o cinema: uma em 1923 - um filme mudo - e outra em 1949.

De volta à ilha
O diretor Randal Kleiser e o ator Christopher Atkins voltaram à ilha em maio de 2015. Em vídeo, Atkins se disse emocionado com a visita: "É um lugar mágico, eu não achei nenhum lugar parecido no mundo. Esta ilha mudou a minha vida. Este é um encerramento para mim, voltar depois de tantos anos e ver esta ilha, colocar meu pé nesta areia de novo, é muito especial para mim".

Kleiser também gostou da experiência: "Estar aqui de novo, 35 anos após termos feito o filme, e ver que as coisas ainda estão por aqui. Esta praia não mudou nada, a não ser por uma pequena casa. Andar pela ilha e ver os lugares onde filmamos é uma emoção, é tão nostálgico... Depois de ver o filme tantas vezes com públicos diferentes, estar onde filmamos é maravilhoso. Sinto uma verdadeira ligação com esta ilha."

O final ambíguo
No fim do filme - e se você nunca viu apesar de já terem se passado 35 anos da estreia e não quer saber, pode pular este item -, a gente tem esperança de que Emmeline e Richard vão se salvar quando um marinheiro diz que eles estão "apenas dormindo" quando os encontra num pequeno barco à deriva.

Apesar disso, o livro que dá sequência ao romance publicado em 1908, chamado "The Garden of God", começa com uma notícia triste: eles estão mortos. E a sequência do filme, apesar de não se influenciar muito pelo segundo livro da saga (é uma trilogia), segue o mesmo tom. Somente o filho de Richard e Emmeline sobrevive.

O retorno
O longa ganhou uma sequência em 1991 chamada "De volta à Lagoa Azul". O filme conta a história de Richard, filho de Emmeline e Richard, que é encontrado no barco com os pais mortos. Ele é adotado por umas das tripulantes de um navio, que já tinha uma filha. Eles acabam de volta à ilha quando um surto de cólera toma o navio e eles precisam abandonar a embarcação.

Este foi o segundo filme da carreira de Milla Jovovich, que fez par com Brian Krause. O filme não foi sucesso de critíca nem de público, arrecadando US$ 2 milhões nos EUA.



Fonte: G1
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