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Algumas frases que vivi em 2014

Meu ano de 2014 foi assim: dias bons misturados com dias ruins

01/01/2015 08:35

Imagem: Google

  • Meu ano de 2014 foi assim: dias bons misturados com dias ruins. 
  • Chorei em dias bons, sorri em dias ruins. 
  • Me fiz nublado em alguns dias, e em outros, me fiz verão. 
  • Adormeci em inicio de crepúsculos e acordei em meio a madrugadas. 
  • Tive alguns pensamentos salutares, e outros facínoras.
  • Algumas manhãs mandei tudo às favas, em outras engoli sapos. 
  • Jejuei no carnaval, e na Semana Santa fiquei com a compleição de lutador de sumô. 
  • Passei incólume por assaltantes pirralhos, mas fui assaltado pelo o governo. 
  • Suprimi tarefas cotidianas, e escancarei atividades ociosas. 
  • Fui figura decorativa numa noite, e na outra fui protagonista. 
  • Deixei de fazer o que me apetecia, para fazer o que me entristecia. 
  • Tive conclusões destituídas de qualquer valor, as tive e não teve remédio. 
  • Vivenciei tragédias íntimas, como também tragédias alheias. 
  • Vi tanta gente sem a menor caridade cristã, vi tantas outras que se doaram. 
  • Fui tão ignorante com os meus acertos, e enamorado com os meus erros. 
  • Gostei tanto de agosto, e me desgostei tanto em setembro. 
  • Valorizei tanto os inanimados, e inutilizei por demais meus semelhantes. 
  • Algumas vezes fui subjugado pela a cólera, já outras, pela a complacência. 
  • Conheci o rico interior gaúcho, e estremeci com a seca piauiense
  • Comecei a dá aulas na rede municipal, comecei a ganhar conhecimentos e louros. 
  • Lancei vários olhares esperançosos, e recebi tantos outros intolerantes. 
  • Cruzei com tipos totalmente inexpressivos, e outros totalmente expressivos e camaradas. 
  • Fui ao mercado e comprei frutas frescas e cítricas, e vendi as minhas idiossincrasias a preço de banana. 
  • Abri meu coração em algumas missas, e o fechei para eclesiásticos pedantes. 
  • Durante meses ingeri bebida alcoílica, e inundei-me em arroio de lucidez. 
  • Fiz amor com a minha esposa, e as suas e as minhas entranhas ficaram alvoroçadas. 
  • Deram-me folga em dias normais, mas me arrancaram meus feriados. 
  • Busquei, busquei e busquei, e não achei, não achei, não achei. 
  • Sentei mais em assento de ônibus do que em banco de praça. 
  • Tirei fotos lindas e instantâneas de Teresina, e acabei revelando fatos capitais de uma cidade em caos.  
  • Vivi alguns meses fora deste mundo de Baudelaire, e nos outros, vivi dentro deste mundo de Whitman. 
  • Dediquei-me, evangelicamente, como fazer para ganhar dinheiro, e degradei-me, paulatinamente, como não saber fazer. 
  • Acompanhei abismado as ocultas fraudes eleitorais, e chorei horrorizado o crescimento do mau-caratismo democrático. 
  • Vi o Brasil jogar por vias subterrâneas, enquanto a Alemanha por Campos Elísios.
  • Neste ano que finda, vi muita gente casando-se com as tecnologias, e outras se divorciando com a natureza. 
  • Alcancei alguns cumes, já outros, me provocaram acrofobia. 
  • Condenei algumas ações sociais, por outro lado, contemplei algumas mesquinharias individuais. 
  • Testemunhei o desregramento erótico na mídia, e a população se deleitando no sofá. 
  • Fiquei com os ouvidos tapados para as coisas do presente, e de olhos bem abertos para as coisas do passado. 
  • Sobrevivi às minhas guerras pessoais, embora tenha saído bastante ferido delas. 

       Como se vê, meu ano de 2014 não foi tão perfeito, nem tão pouco imperfeito, foi apenas um ano em que vivi.  

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