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Ensaios sobre liberdade – Ser mestra, com carinho

Autor: Mariana Linhares Araújo – Belo Horizonte/MG – Pedagoga e Pesquisadora da Ciência Logosófica.

13/01/2019 07:20

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LIBERDADE, tema que há milhares de anos alimenta discussões no campo das relações humanas, econômicas e políticas, foi eleita como objeto de estudo entre jovens pesquisadores da ciência logosófica de todas as partes do País, devido à sua relevância para a fase da vida em que se encontram. Alguns resultados desse estudo, que estão publicados no livro “Ensaios sobre liberdade” (ISBN: 978-85-60232-01-7), serão agora compartilhados com você. Assim você é nosso convidado a compartilhar conosco os aprendizados e descobertas que hoje nos permitem sentir mais livres internamente.

Ensaios sobre Liberdade apresenta, de forma variada, episódios que fazem parte da vida do jovem. Retrata a luta de diferentes pessoas contra a força implacável que os pensamentos exercem sobre a vida, mostrando que é possível conhecê-los e dominá-los, selecionando aqueles que nos permitem experimentar a verdadeira liberdade: aquela que surge de dentro de nós.

Ser mestra, com carinho

— O que você vai ser quando crescer? Qual será sua profissão? Escutei essas perguntas diversas vezes ao longo da vida. Minha trajetória profissional, marcada por dúvidas e incertezas, era algo que me inquietava bastante.

Desde pequena respondia que queria ser professora, talvez pela satisfação que tinha em ensinar minhas bonecas, ou pelo exemplo de minha mãe, que desempenhava esta profissão.

Durante algum tempo esse querer permaneceu firme e presente, mas, ao entrar na adolescência, imersa em um universo de muitas influências, as críticas que ouvi não foram poucas: “professora é mal remunerada; o universo da professora é muito pequeno; a vida de professora se limita a dar aulas e levar trabalho para casa, mais nada; é uma profissão para pessoas pouco capazes; você, que sempre estudou em uma boa escola, particular, irá desperdiçar anos de estudo”. Diante desses comentários pouco

animadores, o propósito perdeu força em minha mente e ficou adormecido por um tempo.

Entretanto, ao aproximar-se a data do vestibular, escutei de uma amiga: — Mariana, foi você quem realmente desistiu dessa profissão, ou você está deixando de fazer uma escolha importante para sua vida por influência do que outras pessoas pensam a respeito?

Esta pergunta me fez refletir e, subitamente, recordei algo que aprendera quando pequena: devo ser dona de mim mesma! Como?

Em minha mente e meu coração estavam claros os benefícios que a profissão me daria e a felicidade que traria para minha vida. Apesar disso, a influência externa era tão grande e tão forte que faltavam defesas internas suficientes para ter a valentia de tomar essa decisão por mim mesma.

Com tanta clareza do grande bem que essa profissão representava para mim, o que estava me movendo a não fazer essa escolha? Estava agindo conforme meus próprios pensamentos e conceitos? Estava tendo liberdade de pensar e agir?

O conhecimento da realidade dos pensamentos foi de fundamental importância para essa experiência culminar tendo como personagens principais os meus próprios pensamentos e conceitos, e não os da sociedade em geral. Conhecê-los, identificá-los, selecioná-los e utilizá-los da melhor maneira é uma chave que nos permite viver a vida com mais consciência.

Sou um exato reflexo do que se passa em meu mundo interno. Tudo o que vivo, todas as minhas ações partem primeiramente desse mundo imaterial individual, formado pelo conjunto de pensamentos, sentimentos, conceitos, virtudes e defeitos que possuo. Então, como posso querer ter liberdade de pensar e agir conforme minha própria vontade, sem antes me conhecer de verdade e conseguir distinguir meus próprios pensamentos dos alheios?

Foi necessário ser muito firme e convicta da minha opção diante das tantas críticas que ouvi, fruto da inversão de valores na cultura atual. Afinal, em que cultura evoluída se poderia aceitar que sejam professores “as pessoas menos capazes, de menores condições

psicológicas e intelectuais”? As pessoas que mais irão influenciar na formação das crianças — que são o futuro da humanidade — realmente não podem ter este perfil.

Um segredo que aprendi em relação a quando se tem um objetivo é o de ser discreta. Quando exponho este objetivo a muitas pessoas, estou sujeita a ouvir críticas de todo tipo, já que cada pessoa pensa de uma maneira. Quando agimos com discrição e compartilhamos apenas com pessoas em quem realmente confiamos, temos elementos para ponderarmos com sensatez a respeito do propósito, sem que este se debilite.

Hoje, como professora, experimento momentos sublimes e sinto imensa gratidão ao constatar que fiz essa opção pautada em meus próprios pensamentos e sentimentos. As oportunidades que o ofício de professora me oferece são inúmeras e estão intimamente conectadas ao meu objetivo de vida e ao arquétipo que tenho para mim e para a mãe que quero ser.

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