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Ensaios sobre liberdade – O medo de errar, limitador das perspectivas do jovem

Autora: Lilian Marques Nagem – Belo Horizonte/MG – Economista, Professora Universitária e Pesquisadora da Logosofia.

29/12/2018 07:51

LIBERDADE, tema que há milhares de anos alimenta discussões no campo das relações humanas, econômicas e políticas, foi eleita como objeto de estudo entre jovens pesquisadores da ciência logosófica de todas as partes do País, devido à sua relevância para a fase da vida em que se encontram. Alguns resultados desse estudo, que estão publicados no livro “Ensaios sobre liberdade” (ISBN: 978-85-60232-01-7), serão agora compartilhados com você. Assim você é nosso convidado a compartilhar conosco os aprendizados e descobertas que hoje nos permitem sentir mais livres internamente.

Ensaios sobre Liberdade apresenta, de forma variada, episódios que fazem parte da vida do jovem. Retrata a luta de diferentes pessoas contra a força implacável que os pensamentos exercem sobre a vida, mostrando que é possível conhecê-los e dominá-los, selecionando aqueles que nos permitem experimentar a verdadeira liberdade: aquela que surge de dentro de nós.

O medo de errar, limitador das perspectivas do jovem

Alguns pensam que é algo definido por Deus. Outros acreditam que seja apenas uma convenção social. Mas, independentemente do conceito que cada um tenha de ERRO, o fato é que a grande maioria não gosta e, mais ainda, tem medo de errar.

Que consequências o medo de errar tem para a vida do jovem que está tentando construir seu futuro?

O jovem que sai da infância e vai, ao longo do tempo, tendo mais domínio, posse e responsabilidade frente ao seu futuro, preocupa-se constantemente em tomar as decisões acertadas, a fim de chegar aonde se propôs. Porém, com tantas situações novas exigindo conhecimentos que ele ainda não tem, surgem a insegurança em como agir e o medo de se equivocar.

É natural que o jovem sinta essa insegurança e que viva algum desconforto no processo de construção da confiança, que deverá basear-se na experiência que ele irá adquirindo. O problema é que, quando a insegurança se transforma em medo de errar, ela pode trazer graves consequências para a vida do jovem e limitar sua liberdade de agir — e de pensar, inclusive.

Se, por exemplo, o erro é visto como um fracasso, como o resultado final de um esforço realizado, o jovem perde energias e acredita que aquele erro significa que ele é incapaz de alcançar suas metas. Nesse caso, o erro passa a ser um limitador, o ponto final do propósito que existia de fazer mais, de realizar mais, de conquistar coisas maiores. Indo um pouco mais fundo, esse medo pode até mesmo impedir que o jovem se disponha a realizar novos projetos, a ter grandes planos, já projetando que eles serão interrompidos pelo “inevitável” erro.

Outra consequência desse temor é a tendência de seguir o que os outros fizeram ou o que os outros pensam, ao invés de confiar na própria inteligência e escolher o caminho que tenha entendido como o melhor. É muito comum ver jovens abrindo mão de escolhas que acreditam ser acertadas — e que poderiam ser excelentes para a sua vida — para seguir um “caminho comum”, por medo de se equivocar ao fazer diferente.

Bem sabemos da importância que tem o conselho dos mais velhos e a observação da vivência dos demais. Mas sabemos também que o processo de absorver um conselho ou de basear-se na experiência de outros para tomar uma decisão deve ser consciente e fundamentado na reflexão e na compreensão individual, e não pelo medo de errar ou por preguiça de pensar por conta própria.

Ninguém, em sã consciência, vai errar ou equivocar-se propositalmente. Tampouco vai cometer um erro e ficar indiferente a ele. Mas, certamente existe uma forma mais inteligente e livre de encarar os erros.

Para a Logosofia, o erro surge da falta de conhecimento ou de consciência acerca dos elementos que intervêm em cada situação. Considerando que nenhum ser humano possui todos os conhecimentos existentes na Criação, não seria lógico ver o erro como algo natural e até necessário em nossas vidas? Não é, muitas vezes, por meio da análise de um erro que conseguimos descobrir exatamente o que nos faltou para acertar?

O erro faz parte da vida e é, naturalmente, parte do caminho que temos que percorrer para alcançar nossos objetivos.

Sendo assim, a partir do momento em que o jovem se propõe a alcançar uma nova realidade, como por exemplo adquirir habilidades e conhecimentos que ainda não tem, é lógico pensar que será necessário um processo durante o qual irá aprender e desenvolver o que lhe falta, sabendo que, nesse caminhar, os erros serão consequências naturais de cada nova tentativa. Por isso, se faz necessário trocar o temor de errar pela alegria de lutar, pela valentia de conhecer a própria realidade e realizar os esforços que cada conquista exigir.

Ser livre para errar e ser livre para corrigir e aprender com os próprios erros: este é um direito que todos temos, mas que cabe a cada um construí-lo efetivamente dentro de si mesmo.

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