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Ensaios sobre liberdade - Liberdade e seu conceito essencial

Autor: Daniel Vieira Braga dos Santos – São Paulo (SP) – Pesquisador da Logosofia

03/11/2018 16:51

LIBERDADE, tema que há milhares de anos alimenta discussões no campo das relações humanas, econômicas e políticas, foi eleita como objeto de estudo entre jovens pesquisadores da ciência logosófica de todas as partes do País, devido à sua relevância para a fase da vida em que se encontram. Alguns resultados desse estudo, que estão publicados no livro “Ensaios sobre liberdade” (ISBN: 978-85-60232-01-7), serão agora compartilhados com você. Assim você é nosso convidado a compartilhar conosco os aprendizados e descobertas que hoje nos permitem sentir mais livres internamente.

Ensaios sobre Liberdade apresenta, de forma variada, episódios que fazem parte da vida do jovem. Retrata a luta de diferentes pessoas contra a força implacável que os pensamentos exercem sobre a vida, mostrando que é possível conhecê-los e dominá-los, selecionando aqueles que nos permitem experimentar a verdadeira liberdade: aquela que surge de dentro de nós.

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Liberdade. O conceito que cada um tenha sido capaz de formar sobre ela determina a forma de entendê-la e vivê-la. Com base no conceito de que livre é aquele que não se encontra atrás das grades, podemos olhar o mundo e dizer que existem aproximadamente x milhões de presos e y milhões de pessoas livres. Podemos pensar nos regimes totalitários e dizer então que... Podemos pensar nos que não têm capacidade de se prover economicamente e afirmar que... Entretanto a pergunta que me faço é se essas condições descritas são as que de fato definem a liberdade no seu significado essencial, ou seja, será que um ser que vive sob um regime totalitário, ou que está em uma cadeia, não pode experimentar mais liberdade do que eu ou você? No meu entender, existe uma realidade, mais comprovável do que qualquer dado estatístico que já possa ter sido apurado, que revela o veio real e seguro para a ampliação da liberdade para quem seriamente se propuser a isso. A realidade a que me refiro é a do mundo interno que cada indivíduo possui, a realidade de sua mente e de seus pensamentos.

Um conceito equivocado sobre liberdade, que tenho observado como um dos principais fatores para a falta de domínio sobre a vida, é: liberdade é não ter compromissos, deixar acontecer, não ter horários ou objetivos claros. Por que se rechaça tanto a ordem quando buscamos a liberdade? Isso se deve à incompreensão que temos sobre as atividades ordenadas que desenvolvemos diariamente, as quais cumprimos muito mais por força da necessidade do que por valorizá-las. E, em essência, vem da incompreensão que temos sobre o que devemos fazer com as nossas vidas. 

Por exemplo, se o que faço no trabalho é para atender exclusivamente a exigência da empresa, ao não encontrar conexão da minha vontade com a atividade que realizo, sou incitado internamente a querer me liberar. Muitas vezes a atividade que desempenhamos tem conexão com o que queremos para nossa vida, entretanto os pensamentos que albergamos em nossa mente não nos deixam enxergá-la. Por outro lado, quando temos tempo livre, esses mesmos pensamentos nos levam a não fazer nada, pois, na falta da obrigação, a vontade não se move. Quantas vezes já não ouvimos: “Quando eu tiver tempo, vou dar mais atenção à minha família; quando eu tiver tempo, vou terminar o projeto final da faculdade; como eu queria ter tempo para isso, para aquilo...”, e quando o tempo se apresenta, nos pomos a fazer outras coisas, a nos distrair, a não fazer nada.

Assim, vivem-se tempos em que se fazem coisas sem conexão consigo mesmo, seguidos de tempos em que nada se faz, e a vida vai se esterilizando nesse monótono repetir, onde se é feito de marionete pelos pensamentos que habitam a própria mente.

Luto intensamente para mudar essa realidade e avançar firmemente no domínio do tempo e no controle dos processos que integram minha vida. Nesse empenho tenho comprovado que, acima de tudo, devo me defrontar comigo mesmo, me conhecer, enfrentar a minha própria realidade, buscando uma contínua superação, pois posso obter disciplina e norte no uso do tempo, mas ainda estar manejado por pensamentos. Por exemplo: durante a minha infância e adolescência eu era um exemplo no estudo escolar, não deixava a matéria acumular e dispunha muito bem o meu tempo, concentrando-me nas aulas e estudando a matéria assim que chegava em casa. Fazia isso com uma constância impressionante. Ótima conduta que me trouxe muitos benefícios, porém não tinha sua causa em uma convicção formada sobre a importância do estudo; os pensamentos dominantes nessa ação eram: desocupar-me da obrigação e poder fazer as coisas que mais gostava, além de destacar-me nos estudos, em atendimento ao pensamento de vaidade. O que acontecia comigo acontece com muitas pessoas no mundo, que, apesar da aparente liberdade, se encontram tão ou mais aprisionadas que as que não têm a mesma ilustração ou eficiência no ordenamento de suas atividades. Por isso repito, por comprovação própria, que é necessário ir a fundo até as causas de nossas ações e mudá-las, por determinação livre da própria inteligência, deixando de ser cordeiros mansos frente a uma série de pensamentos que dominam a nossa vida e nos impedem de fazer e ser o que mais queremos.

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