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Tecnologia e desempenho são marcas do setor calçadista

Iniciativas buscam atualizar o modelo de negócio tradicional da indústria

26/08/2019 17:44

A indústria calçadista se reinventa e implementa processos inovadores tanto na produção dos calçados como na venda dos produtos ao consumidor final. Sustentabilidade, conexão entre pessoas e máquinas, aproveitamento de materiais e de recursos robóticos são alguns dos objetivos para o presente e para o futuro do setor. Isso sem contar em novas formas de atrair o público para a compra.

Os grandes players do mercado já perceberam a importância de investir em tecnologia para levar a produção e a venda de calçados a um patamar mais elevado. Nike, Rebook, adidas e Puma já entraram na disputa de melhorias, com inovações principalmente para atletas de alto desempenho. Sistemas de poliuretano, elastômeros termoplásticos de poliuretano e termoplásticos de engenharia são alguns dos nomes técnicos para soluções encontradas pelas empresas para tornar o amortecimento dos tênis de corrida mais realistas.

A inovação está presente até mesmo em calçados para crianças. Além dos mais tradicionais também surgiram sapatos com soluções para reduzir em até 40% a queda dos pequenos, para promover a maior respiração dos pés e não provocar odor e permitir que os calçados possam ser lavados na máquina de lavar. São novidades que aliam o conforto e a praticidade com o desenvolvimento da tecnologia. Cada vez mais, os calçados, como nike infantil , estão se transformando e se desenvolvendo para melhor atender às necessidades de cada criança.

Além da pesquisa e desenvolvimento de novas técnicas de amortecimento e equilíbrio, as empresas passaram a investir em novos processos de produção e de venda de produtos. Nas fábricas, a principal tendência é a indústria 4.0, com a introdução da robótica e da instalação de sensores para monitorar a produtividade e aproveitar melhor os materiais disponíveis.

Na venda direta ao consumidor, o investimento é nos multicanais -- ou seja, o consumidor passa por vários lugares antes de se decidir pela compra, como redes sociais, site, anúncios, e-mail, entre outros canais de interação. Essa característica obriga o varejo a pensar em novas estratégias de marketing para atrair os consumidores, uma vez que há uma alta disputa pela atenção dos usuários conectados à internet.

Apesar de todas essas inovações no setor calçadista, o Brasil ainda apresenta baixa aderência às novas tecnologias. De acordo com estudo feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em 2016, apenas 29% da indústria de calçados usa tecnologia digitais, enquanto em outros setores o índice passa de 50%.

Em 2016, o setor lançou um novo desafio no Brasil, chamado de Future Footwear. São três os principais pilares do projeto: novos produtos, novos processos e novos modelos de negócios. Participam da iniciativa a Abicalçados (Associação Brasileira das Indústrias de Calçados), Abrameq (Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos para os Setores do Couro, Calçados e Afins), Assintecal (Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos) e o CICB (Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil).

As principais ações do Future Footwear são uma rodada de negócios feita pelo formato de pitches e o um torneio empreendedor voltado para as demandas e problemas da área. O objetivo é incentivar o desenvolvimento de soluções tecnológicas pelas startups, uma vez que o setor está carente de novos processos no país.

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